20 de maio: Dia do/a Pedagogo/a

Em 2017, quando a Contee lançou a campanha “Apagar o professor é apagar o futuro”, tramitava na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 6.847/17, que propunha a regulamentação da profissão de pedagogo/a. Enfrentar o PL não foi a única motivação da campanha, criada para denunciar e combater todas as formas de desprofissionalização do magistério, da mercantilização do ensino à censura promovida pelo movimento Escola Sem Partido. Entretanto, a coincidência entre o retrocesso proposto pelo projeto na ocasião e o mote da denúncia feita pela Contee evidenciava que aquele era um tema que estava, de fato, na ordem do dia. E ainda está.

Ao tentar regulamentar uma profissão já regulamentada, o que o PL visava era atender interesses corporativos, separar os pedagogos da política nacional de valorização dos professores, ignorando, deliberada e intencionalmente, que a função principal do pedagogo é ser professor, e, ao ser professor, ser capaz também de exercer as funções de gestor e coordenador pedagógico.

A proposta, felizmente, foi arquivada, uma vitória dos defensores de uma educação de qualidade. Todavia, os ataques às concepções pedagógicas progressistas não só continuam, como têm se aprofundado: na perseguição à atividade docente, na criminalização do ambiente escolar, nos discursos de ódio contra Paulo Freire, nos cortes de verbas para a educação pública e gratuita, na entrega do ensino aos interesses privatistas, na nomeação para o MEC de quem nada entende do quem ver a ser Pedagogia, quando mais voltada para a construção da cidadania.

Para resistir a tudo isso, neste dia 20 de maio, em que se comemora o Dia Nacional do/a Pedagogo/a, é fundamental lembrar que a luta pela valorização de quem trabalhar em prol da educação continua.

Por Táscia Souza

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