Conjuntura política encerra ciclo preparatório para o 10° Conatee: assista na íntegra

Encerrou-se na noite desta quinta-feira (8) o ciclo de debates preparatórios para o décimo Congresso Nacional da Contee (10° Conatee). A discussão, que tratou da atual conjuntura política, contou com exposições do vice-presidente do PCdoB, Walter Sorrentino, e do ex-ministro Tarso Genro, do PT.

Logo na abertura, o professor Augusto Petta, representando o Centro Nacional de Estudos Sindicais e do Trabalho (CES), parceiro da Secretaria de Formação da Contee na realização do ciclo de debates, enfatizou que “a formação é fundamental para o movimento sindical, em especial neste momento dramático vivido pelo país”. Em seguida, o coordenador-geral da Confederação, Gilson Reis, cumprimentou e agradeceu os presentes, bem como ao CES e à escola de formação da CUT, também parceira, ressaltando a necessidade de se “construir uma saída democrática e soberana para o nosso país”.

Em sua intervenção, Walter Sorrentino destacou alguns fatos do momento atual, considerando que “há uma narrativa convergente da esquerda sobre a situação do país: sofremos uma desmoralização nacional e internacional, sob um projeto autoritário, a pandemia agravou toda essa situação e agora surgem as denúncias de corrupção. O Estado nacional foi colocado a serviço do rentismo”.

Para o dirigente comunista, “há uma retomada das iniciativas das forças democráticas e progressistas, nas ruas inclusive, e uma tendência de isolamento do presidente Bolsonaro. Podemos antever uma expectativa de vitória em 2022. A agenda ultraliberal não aponta para a melhoria das condições de vida do povo. Vivemos a escalada de crise política e persiste a crise institucional, com atrito entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Aparecem também as crises militares. Não podemos subestimar a escalada bolsonariana. O fascismo nos ameaça. O momento é delicado, de múltiplas crises e de necessidade de união contra o bolsonarismo, em defesa da vida, dos direitos do povo e da democracia”.

Tarso Genro, por sua vez, fez uma análise da base política que sustenta Bolsonaro, a qual, segundo ele, “não se inscreve com a caracterização que fazíamos quando os partidos políticos tinham uma certa clareza programática”. “Bolsonaro não tem uma base partidária. Sua base no Congresso Nacional é composta pelo centrão, as facções mais degeneradas da política brasileira e as figuras mais conservadoras. O centrão é o partido dos lúmpens da política e dos oligarcas fisiológicos nacionais. E a base orgânica bolsonarista são as pré-milícias e milícias, os grupos de extrema direita e os movimentos protofascistas.”

O líder petista também fez uma análise de “quais são os atores conjunturais nesse processo e como se movem nessa conjuntura movediça”: as forças armadas, as pré-candidaturas que estão colocadas para 2022 e as mobilizações de rua. “Para derrubar o Bolsonaro antes da eleição precisamos de uma unidade muito mais ampla do que esta que estamos vivenciando”, considerou.

Assista à íntegra do debate:

Por Carlos Pompe e Táscia Souza

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