Contee conclama à mais ampla unidade em defesa do ensino

A 20ª reunião da Diretoria Executiva, encerrada nesta quinta-feira, 19, na sede da Contee, em Brasília, avaliou a conjuntura educacional no país e decidiu atuar pela unificação de todo o movimento em defesa da educação. “Uma pauta ampla, que já mostrou seu poderio nas manifestações populares deste ano, e que unifica todos os setores interessados num Brasil soberano, desenvolvido e socialmente justo”, argumentou o coordenador-geral, Gilson Reis.

Os diretores consideraram que o projeto Future-se, do Governo Bolsonaro, lapida a privatização do ensino superior, enquanto o MEC avança em medidas para colocar também a serviço do capital empresarial os ensinos fundamental e médio. A pauta educacional continua com as demandas anteriores ao Governo Bolsonaro e mais o enfrentamento direto à antirreforma do ensino médio e privatização do ensino fundamental. Tem acontecido a discussão da ampliação do Fórum Nacional Popular de Educação – atingiu 37 entidades – e fica o desafio de organizar as demandas diversas das várias entidades que o integram. Também deve ser enfrentada questão da militarização do ensino, com sua doutrinação direitista.

Analisando os dados da pesquisa apresentada no dia anterior (veja), os diretores executivos decidiram pela realização de cursos de sindicalismo para diretores e discussão das demandas financeiras. A atividade será realizada por regiões do país. A decisão também levou em conta o Congresso recém-realizado da entidade, considerado muito positivo do ponto de vista organizativo e no tratamento da questão das finanças, consagrados no novo estatuto, já disponível no portal da Contee. “O encontro foi importante, vitorioso, com boa presença, preparando um congresso mais político para o ano que vem. Deu perspectiva mais aguçada para a Contee”, considerou Gilson.

A reforma trabalhista e sindical, novo ataque do Governo Bolsonaro e do capital contra os assalariados, poderão trazer novas adversidades, que serão acompanhadas e analisadas pela diretoria e também discutidas no próximo congresso.

Os sindicalistas consideraram positivos os resultados da campanha salarial deste ano. No próximo, os confrontos continuam, com a permanência da crise econômica, evasão escolar e ofensiva patronal. Fortalecer o sindicato para garantir o já alcançado e avançar para novas conquistas é o caminho a ser perseverado, concluíram.

A Executiva também aprovou uma nota contra a reforma da Previdência e marcou para o dia 28 de novembro a sua próxima reunião, seguida da reunião da Diretoria Plena nos dias 29 e 30, em Brasília.

Carlos Pompe

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