Contee e centrais sindicais anunciam apoio a Haddad, 13

Dirigentes de todas as centrais sindicais e da Contee se encontraram com Fernando Haddad (PT, presidente) e Manuela D’Ávila (PCdoB, vice) nesta quarta-feira, 10, em São Paulo, para manifestar o apoio dos trabalhadores às suas candidaturas. “Um momento histórico, um ato unificado da Contee com todas as centrais, em defesa da democracia, da soberania nacional, do sindicalismo e do combate às propostas de Bolsonaro, que quer acabar com os direitos dos trabalhadores e da cidadania”, avaliou o coordenador-geral, Gilson Reis.

Participaram do encontro os dirigentes  da CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central, CSB, Intersindical e UGT, além de representantes de confederações, federações e sindicatos. Eles entregaram a Haddad um manifesto de apoio e a agenda prioritária unitária lançada em maio, que reúne as principais propostas da classe trabalhadora para o país.

O presidente da CTB, Adilson Araújo, afirmou ser necessário “mostrar para o nosso povo que tudo que o golpe subtraiu em dois anos, nós teremos quatro anos para recuperar. É com essa candidatura, com esse projeto, que encontramos o compromisso de revogar a EC 95, que congela investimentos públicos por 20 anos, e a reforma trabalhista. É neste projeto que nós vamos dialogar com a sociedade que a reforma da Previdência não é prioritária. Temos de discutir uma reforma tributária progressiva e solidária. Diminuir a carga sobre o ombro de quem mais contribui. Este projeto dialoga com o povo”.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, pediu que os trabalhadores e trabalhadoras “votem em Fernando Haddad, no número 13, porque nesta eleição há dois lados, o lado do trabalhador e o lado dos patrões e do golpista e ilegítimo Michel Temer”.

Miguel  Torres, presidente interino da Força Sindical, enfatizou: “Não queremos ficar em cima do muro – de um lado está o desenvolvimento e do outro lado, o atraso. O movimento sindical tem sofrido ataques diários de uma política reacionária do atual governo. O que se projeta é piorar esse quadro. Já fala que tem que escolher entre trabalho e direitos, férias e 13º.Temos obrigação de abrir os olhos dos trabalhadores. Temos obrigação de colocar o País num rumo de crescimento”.

Moacyr Auersvald, Secretário Geral da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), lembrou nota conjunta da entidade, que afirma: “Nós, sindicalistas brasileiros, das mais variadas tendências, que apoiamos candidatos de diversos partidos na próxima eleição presidencial, repudiamos o candidato Jair Bolsonaro”.

A candidata à vice-presidenta, Manuela D’Ávila considerou ser “impensável um país desenvolvido sem direitos sociais e trabalhistas assegurados pela CLT e pela Constituição de 1988. Não é possível ter um país desenvolvido sem investimento em mais creches, por exemplo, sem mais investimentos no sistema público de saúde”.

Fernando Haddad registrou: “Eu me reuni com as centrais sindicais como ministro da Educação e como prefeito de São Paulo. Firmamos dezenas de acordos e tivemos a oportunidade de fazer o país avançar. Nossa visão de mundo é tornar o povo parte da solução e não parte do problema. Nossa solução não é uma arma na mão, mas uma carteira de trabalho em uma mão e um livro na outra”.

“Os direitos civis e políticos também estão cada vez mais ameaçados”, alertou, referindo-se à morte do capoeirista baiano e à agressão à menina gaúcha que teve uma suástica inscrita com canivete na região abdominal de seu corpo por usar uma camiseta do movimento “Ele não”.

Mobilização e campanha

“A Contee, entidades filiadas, sindicalizados e categoria estão irmanados com as centrais, os trabalhadores e os democratas brasileiros nas movimentações, na criação de comitês e na ampla mobilização para barrar o fascismo e eleger Haddad presidente do Brasil. Trata-se de um professor, proximo à nossa categoria, que foi um dos melhores ministros da Educação que já tivemos. Vamos adesivar, vamos às ruas, vamos eleger Haddad, 13, presidente”, conclamou Gilson.

Por Carlos Pompe

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