Contee na rede: 15 de outubro – Confederação promove mobilização pela valorização do Professor

Nesta terça-feira (15) comemora-se o Dia do Professor. Mas a dimensão profissional tem sido pouco valorizada no país, seja no setor público ou no privado. Todos os anos, os educadores só conquistam algum ganho relativamente razoável promovendo grandes mobilizações e greves.

Por isso, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) organiza o Domingo de Greve (20) como forma de denunciar o excesso de atividade extraclasse que tem sido imposto aos professores da rede particular de ensino. “Nós estamos protestando para que essas atividades passem a ser remuneradas e que sejam feitas nos dias de trabalho, ou seja, de segunda-feira a sexta-feira”, conclama Madalena Guasco Peixoto, coordenadora-geral da Contee.

Segundo ela, além de preparar diversas atividades em casa nos fins de semana, os professores da rede particular são obrigados a postar o seu planejamento de atividades semanais no site da escola em que trabalha. “O objetivo da nossa Campanha Nacional de Valorização é mostrar para a sociedade, que os professores não têm o direito constitucional ao descanso, o que acarreta problemas de saúde e impede o profissional de executar um trabalho com mais qualidade”, acentua.

A determinação para este Domingo de Greve, de acordo como a direção da Contee, é para os sindicatos promoverem, em suas cidades, atividades voltadas para os professores e suas famílias, para a mobilização servir de alerta e de denúncia à sociedade. A intenção do movimento é resgatar o direito ao descanso e fortalecer a resistência ao trabalho sem limitações de jornada, para “mostrar que professor tem vida fora da escola”, afirma a sindicalista.

Como prévia para o domingo, o Sinpro/RS, por exemplo, realiza de 15 a 18, a segunda edição da Semana da Consciência Profissional (lançada em 2012) com o objetivo de promover a reflexão sobre o excesso de trabalho no ensino privado. Neste ano, a campanha tem como slogan “Excesso de trabalho extraclasse? Não, obrigado!”.

De acordo com Madalena, nesse dia os professores farão tudo ao contrário: não corrigirão provas e trabalhos, não prepararão aulas, não postarão materiais no site da escola, nem abrirão e muito menos responderão e-mails da coordenação, alunos ou pais. “Os professores protestarão tirando o fim de semana para passar com a família, sem nenhuma espécie de trabalho escolar”, revela.

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Pelas explicações da professora sindicalista, “os professores universitários somente são remunerados pelas horas/aula que dão, qualquer coisa fora disso, não recebem”, diz. Ela conta que no início do ano, o Ministério Público do Rio Grande do Sul proibiu as escolas de abrirem seus sites nos fins de semana. Porque, segundo Madalena, “as novas tecnologias têm acarretado mais trabalho e mais exploração aos professores”.

Além de reivindicar o justo repouso semanal, os professores da rede particular também estarão denunciando a terceirização nas instituições de ensino privado. “Isso prejudica tanto o profissional que não tem seus direitos garantidos quanto as escolas porque o profissional pode estar hoje e amanhã não mais prestando serviços em determinado colégio”, afirma Madalena.

Do Portal CTB

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