Contee participa de debate sobre a saúde mental dos/as trabalhadores/as em educação durante a pandemia

A coordenadora interina da Secretaria-Geral da Contee, Cristina Castro, representou a Confederação ontem (7) num debate remoto sobre “Saúde mental em tempos de pandemia: um olhar para os(as) trabalhadores(as) da educação”. A conversa girou em torno de três pontos: o trabalho na educação e impactos na saúde mental dos trabalhadores e trabalhadoras; a relação trabalho-saúde mental no contexto da pandemia; e as formas de resistência e enfrentamento às situações que ameaçam a saúde mental no trabalho.

A transmissão ao vivo fez parte do ciclo de debates promovido pela Frente Ampla em defesa da Saúde dos Trabalhadores e transmitido pelo canal da TV PUC no YouTube. Além de Cristina, participaram da conversa a secretária-geral do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Eblin Farage; a secretária de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Francisca Seixas; e a professora Lívia Vieira, da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que apresentou dados da pesquisa conduzida pelo Grupo de Estudos sobre Política Educacional e Trabalho Docente (Gestrado) durante a pandemia para avaliar o trabalho remoto na rede pública e no setor privado de ensino do país.

“Nossa categoria, seja na rede pública ou no setor privado, sofre com estresse, esgotamento por excesso de trabalho, sala com número excessivo de alunos… Temos esses problemas comuns. No setor privado, temos ainda um agravante: todos os professores, a partir dos meses de outubro e novembro, começam a ter um grande sofrimento, que é a incerteza se continuarão no ano seguinte. Nosso presente de Natal às vezes é uma demissão, sem justa causa, sem motivo nenhum aparente, depois de um ano de dedicação e muito esforço”, observou Cristina.

“A pandemia nos trouxe mais e maiores incertezas. O fato de termos, quase de forma imediata em algumas regiões, iniciado com a educação remota, nos fez trazer para dentro de casa parte da escola. Já trazíamos, com o excesso de trabalho, correção de provas, planejamento… Só que agora a escola passou a ser nossa casa”, apontou. “Se nós, professores, já sofríamos de síndrome de Burnout, como colocado pela Francisca, esse período da pandemia agravou muito isso.”

Assista à transmissão completa:

Por Táscia Souza

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