Contra a lama da exploração predatória!

Prestes a completar duas semanas, o maior acidente de trabalho da história do Brasil já quase dobrou os números de seu antecessor. Até esta terça-feira (5), a lista de vítimas do rompimento da barragem de rejeitos de mineração da Vale Brumadinho inclui 134 mortos confirmados — dos quais 120 foram identificados — e 199 desaparecidos. Antes, segundo a imprensa, o maior acidente industrial registrado no país tinha sido o desabamento de um galpão em Belo Horizonte, também em Minas Gerais, que deixou 69 mortos em 1971.

Nos últimos dias 30 e 31 de janeiro, a Diretoria Executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino — Contee, reunida em Brasília, aprovou manifestação de solidariedade aos atingidos e aos familiares das vítimas deste que é um crime ambiental, trabalhista e social de proporções incalculáveis. A Contee expressa também seu repúdio à Vale, bem como à reforma trabalhista que, agora, limita as indenizações por danos morais a até 50 vezes o salário da vítima. Tal limitação, além de não reparar a dor dos familiares, minimiza a responsabilidade da empresa, inclusive perante a Justiça do Trabalho.

Não é aceitável que outro crime dessa natureza tenha acontecido apenas três anos depois do rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG). A lama da Samarco e a lama da Vale são a mesma lama predatória do modelo privatista de exploração predatória que atinge tanto dos recursos naturais quanto dos trabalhadores e trabalhadoras. Contra ela, nossa luta!

Brasília, 5 de fevereiro de 2019.

Diretoria Executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos — Contee

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