CPI do MEC: Oposição consegue assinaturas suficientes para abertura de investigação

O presidente Jair Bolsonaro (PL) vai enfrentar mais problemas que o previsto nas eleições. O Senado Federal chegou, nesta sexta-feira (8), ao número mínimo regimental necessário para pedir a instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o escândalo de corrupção no MEC (Ministério da Educação).

O último congressista a assinar o requerimento para abertura da CPI do MEC foi o senador Veneziano Vital (MDB-PB).

“Acabamos de assinar o requerimento para a instalação da CPI do MEC. Com nossa assinatura, foi alcançado o número regimental para a instalação. Sempre fui um defensor de investigações, em casos como este, para que se obtenha a verdade dos fatos. Não poderia ser diferente agora”, escreveu o senador no Twitter dele.

Depoimento pouco esclarecedor

A assinatura veio após o depoimento do presidente do FNDE (Fundo Nacional Desenvolvimento da Educação), Marcelo Lopes da Ponte, à Comissão de Educação, quinta (7). O alcance das assinaturas necessárias era esperado, já que os senadores avaliaram o depoimento como pouco esclarecedor.

Além disso, a ausência dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, convidados para falar na audiência pública do Senado sobre a suspeita da oferta de propina para liberação de verbas do MEC, na comissão, também incomodou os senadores.

Diante da ausência, o presidente da Comissão de Educação, senador Marcelo Castro (MDB-PI), indicou que a instalação de CPI “está cada vez mais próxima de acontecer”. “Um remédio amargo, porém, necessário”, completou.

Importante lembrar que foi a CPI da Covid-19 no Senado, no ano passado, que desvendou o grande esquema montado no Ministério da Saúde para difundir propaganda de remédios ineficazes contra a covid e também para compra superfaturada de vacinas.

Se de fato essa CPI do MEC for instalada, o governo pode naufragar diante do que pode ser exposto. A conferir.

Marcos Verlaine