Diretor da Contee participa de debate internacional sobre emprego e pandemia

O coordenador da Secretaria de Comunicação Social da Contee, Alan Francisco de Carvalho — também presidente da Fitrae-BC e secretário de Finanças do Sinpro Goiás —, participou hoje (24), por videoconferência, de um debate internacional sobre “A situação e condição do emprego durante e depois da pandemia da Covid-19”. A discussão fez parte da Terceira Jornada Sociológica promovida pela Associação de Sociólogos de Veraguas e pela Federação de Associações Profissionais do Panamá (Fedap).

Em sua intervenção, o diretor da Contee destacou as duas medidas normativas extremante importantes para entender o problema: as Medidas Provisórias 927/2020 (que perdeu a vigência esta semana) e 936/2020 e a flexibilização das relações trabalhistas durante a pandemia. “No Brasil, o que se vê é o aprofundamento da precariedade do trabalho iniciado após o golpe institucional contra o governo Dilma Rousseff, em 2016”, enfatizou Alan.

“É nesse contexto que se instalou a Covid-19. Os grandes impactos da pandemia afetam profundamente a economia, em particular o mercado de trabalho. Aumentam o desemprego e a informalidade e diminuem o número de trabalhadores no mercado formal, protegidos pelas leis trabalhistas, pela seguridade social e pelos direitos sindicais. Mesmo antes da pandemia, estava em marcha um processo acelerado de individualização das relações de trabalho, principalmente em relação ao trabalho não regulamentado por meio de plataformas e aplicativos digitais. Com a pandemia, o teletrabalho tem crescido muito, chegando a cerca de 9 milhões de trabalhadores.”

O coordenador da Secretaria de Comunicação Social da Contee reforçou ainda que a proteção trabalhista deve vir do Estado, dada a relação muito desigual entre capital e trabalho, e que, no entanto, a estrutura foi revertida em favor do capital. “Pouco se pode esperar deste governo em termos de proteção do trabalho. Somente a organização de trabalhadores fortalecida pode contestar e garantir a proteção dos trabalhadores”, frisou. “A crise da pandemia é uma oportunidade de reverter essa trajetória que vem se formando desde 2015.”

Sobre a educação, o diretor da Contee, da Fitrae-BC e do Sinpro Goiás elencou questões como os diferentes desafios enfrentados pelas escolas públicas e pelas privadas; as aulas remotas, o fechamento de unidades escolares e o desemprego; e a pressão dos empresários do ensino pelo regresso às atividades presenciais, bem como a necessidade de que os protocolos sejam construídos com a participação indispensável da comunidade escolar, como defendido pela Contee e suas entidades filiadas.

Por Táscia Souza

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