Diretoria Plena debate luta sindical e política para 2022

A Diretoria Plena da Contee, coordenada por Gilson Reis, reuniu-se nesta sexta-feira, 26, para debater a conjuntura política, as atividades nacionais, inclusive campanhas salariais, e relações internacionais da entidade e os desafios para o próximo ano. O professor do IE (Instituto de Economia) da Unicamp (Universidade de Campinas), diretor executivo do Cesit (Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho), Anselmo Campos, tratou da difícil conjuntura econômica do País.

Destacou a importância da Confederação na luta contra os patrões, donos de escolas, para não retornar às aulas presenciais sem vacinação. Ele enfocou sobre o ano político-eleitoral em 2022; as eleições e o pensamento sobre a sociedade brasileira; as incertezas quanto ao futuro; expectativas de mudanças profundas que se colocam com o debate eleitoral no próximo ano.

No plano econômico, abordou a associação da inflação com a alta do dólar; a autonomia do Banco Central, que impede o presidente da República de determinar a política monetária do País, dentre outros pontos. Ele destacou que a “luta política é base de tudo”.

Gilson anunciou que a entidade vai realizar, no início do próximo ano, um encontro nacional para discutir a educação privada no país e que será lançada uma campanha pelo direito de ensinar e de aprender. Informou que a Confederação está disponibilizando cartazes e material de mídia para campanha de sindicalização a ser realizada pelas entidades filiadas.

Desafios para as campanhas salariais de 2022

O coordenador da Secretaria de Organização Sindical, Relações de Trabalho, Relações Institucionais e Juventude, Elson Simões Paiva, apresentou informe sobre as campanhas salariais deste ano, com base na resposta das filiadas ao questionário sobre o resultado das negociações de acordo ou convenção coletiva. Foram recebidas respostas de 31 sindicatos e federações. Com base no levantamento, a Diretoria Plena decidiu apontar para as campanhas de 2022:

1– antecipar as campanhas salariais logo no início do primeiro semestre; 2 – garantir homologação nos sindicatos; 3 – considerar as cláusulas sociais como uma questão central; 4 – lutar pela recomposição das perdas salariais, que já chegam a 15,2%; 5 – pleitear garantia de emprego, porque a reforma do ensino médio e a concentração na educação superior podem levar a demissões; 6 – desenvolver a campanha salarial juntamente com a de filiação e a campanha direito de ensinar e aprender, a ser lançada; 7– atuar pela regulamentação do ensino remoto com regulamentação do trabalho; 8 – colocar na pauta dos acordos ou convenção a taxa negocial, ou equivalente, para garantir a manutenção das entidades.

Abordando o desafio da educação remota e do trabalho híbrido, os diretores se manifestaram a favor do ensino presencial e será preparado documento a respeito. Para os dirigentes, os instrumentos digitais podem ajudar, mas não substituir o ensino presencial.

Relações internacionais

Cristina Castro, coordenadora da Secretaria de Relações Internacionais, expôs as filiações da Contee com várias entidades. “A pandemia levou a outras formas de reunirmo-nos, além dos encontros presenciais”, narrou. A Confederação manterá relações com a Internacional da Educação, ligada à Confederação Sindical Internacional (CSI); com a Federação Internacional Sindical de Educação (FISE), ligada à Federação Sindical Mundial; com a Confederação Sindical dos Países da Língua Portuguesa de Educação (CPLP-SE); e com a Confederação dos Educadores da América (CEA). Por não poder arcar com as mensalidades de todas as entidades, ficou deliberada uma participação mais efetiva na CEA e na CPLP.

A última reunião da Diretoria Executiva de 2021 foi encerrada com informes de atividades desenvolvidas pela Confederação e entidades filiadas.

Carlos Pompe e Marcos Verlaine

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