Em defesa da vida, Sinproep-DF aciona MPT contra decisão da Justiça que autorizou retorno às aulas presenciais

A juíza da 6ª Vara do Trabalho, Adriana Zveiter, acatou, na noite de ontem (4), o recurso do Sinepe-DF e autorizou o retorno imediato das atividades presenciais nas escolas privadas do Distrito Federal. A decisão não coloca em risco apenas a saúde de trabalhadores em educação e estudantes, mas a vida de toda a comunidade do DF direta ou indiretamente afetada pela retomada das aulas presenciais e todo o fluxo e aglomeração de pessoas que ela implica.

Como lembrado em nota divulgada pelo Sinproep-DF imediatamente após a decisão da Justiça, os “níveis de testagem e de rastreamento no Distrito Federal têm se confirmado precários, de acordo com a opinião dos especialistas”. A entidade, que representa os professores e professoras do setor privado, destaca que a “reabertura integral das escolas neste momento e o relaxamento gradual das medidas de isolamento social determinada pelo GDF provavelmente provocarão uma onda descontrolada de infecções pela Covid-19, que continua em alta”.

A diretoria do Sinproep-DF lamentou a decisão da Justiça e informou que já entrou em contato com o Ministério Público do Trabalho (MPT) para articular recurso ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a fim de conseguir a suspensão das aulas presenciais. “Ainda estamos com alto índice de mortalidade. Então, lamentamos muito essa decisão, porque prevalece a relação do mercado em detrimento da vida”, declarou o diretor jurídico do Sinproep-DF e coordenador da Secretaria de Assuntos Institucionais da Contee, Rodrigo Pereira de Paula. “Vamos buscar junto ao MPT o recurso no Tribunal Regional do Trabalho”.

A Contee manifesta seu total apoio ao Sinproep-DF e à categoria e mantém, junto com o sindicato, o posicionamento de que não é o momento para o retorno às atividades escolares presenciais, que coloca em perigo a vida de toda a comunidade.

Rio de Janeiro

Também ontem, no Rio de Janeiro, decreto estadual suspendeu as aulas presenciais na rede pública e no setor privado em todo o estado até o dia 20 de agosto. Os professores e professoras da capital fluminense têm enfrentado a decisão da Prefeitura de autorizar o retorno às atividades nas escolas privadas. No próximo dia 15, a categoria faz nova assembleia para decidir sobre a greve pela vida, deflagrada no início de julho e confirmada no último dia 1°.

Leia também: “Em defesa da vida: É agosto, mas não é hora de voltar”

Assista aos programas especiais da TV Contee em defesa da vida:

Por Táscia Souza

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