Estudantes vão a Brasília pressionar governo contra cortes na educação

A União Nacional dos Estudantes promove nesta terça-feria (6) uma passeata nacional em Brasília contra o ajuste fiscal do governo federal e os recentes cortes nas áreas sociais do país, em especial na educação.

A UNE defende outra política econômica para a atual conjuntura nacional e leva a capital federal o tema: “Que os ricos paguem pela crise! Nenhum centavo a menos para a educação!”. A concentração acontece a partir das 9h em frente à Biblioteca Nacional. São esperadas caravanas de universidade de todas as regiões do país.

A entidade cobra medidas como a taxação constitucional das grandes fortunas, mudança na política tributária –que prejudica os mais pobres– redução dos juros, auditoria do financiamento da dívida pública e combate aos lucros abusivos do rentismo.

“Se é necessário um ajuste, ele não pode prejudicar justamente aqueles que já estão do lado mais fraco da corda e não podemos aceitar cortes em áreas tão sensíveis como a educação”, afirma a presidenta da entidade Carina Vitral.

A UNE protesta contra a retirada de mais de R$ 10 bilhões do setor educacional desde o início de 2015. A falta de verbas já afetou o funcionamento das universidades, a assistência estudantil e as bolsas de pesquisa em diversas instituições.

Os estudantes também se manifestam contra a proposta de mudança na forma de exploração do pré-sal, que tramita no Congresso Nacional e que pode comprometer o investimento do Fundo Social dessa riqueza para a área da educação. Os recursos são indispensáveis para a implantação do Plano Nacional de Educação, aprovado em 2014, com destinação de 10% do PIB para o setor, bandeira histórica do movimento estudantil.

A manifestação da UNE também será contrária a outros retrocessos que estão em pauta no Congresso Nacional no último período. A entidade se opõe à proposta de redução da maioridade penal no país que, além de não solucionar o problema da violência, colabora ainda mais com o massacre da juventude pobre e negra das periferias.

Os estudantes também repudiam a proposta do estapafúrdio “Estatuto da Família”, que impede o reconhecimento devido das uniões homoafetivas e de outras configurações familiares.

Fonte: UNE

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