Fepesp: Covid volta a acelerar e cientistas aumentam alerta para uso de máscara e vacina
Covid-19 tem maior taxa de transmissão desde julho. Expectativa é de piora. Especialistas recomendam uso de máscara em local fechado. Vocês estão usando máscara na sua escola?
O Brasil vive uma nova onda de covid-19 e a taxa de contágios volta a acelerar. De acordo com a plataforma InfoTracker, a taxa de transmissão (rT) no país é de 1,18. Ou seja, cada 100 pessoas transmitem para 118. É o maior índice desde julho. Com o feriado na próxima terça-feira (15), a expectativa é de que a taxa suba para 1,35. Enquanto isso, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também identificou aumento da transmissão em pelo menos quatro estados.
“É um importante alerta para o país. Na última semana, já sinalizamos o aumento nos casos de covid-19 no Amazonas. Agora, observamos não apenas a manutenção no estado, mas também em São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. É importante lembrar que os dados ainda são parciais e que as informações em relação ao cenário recente estão incompletas. Ainda assim, percebemos a tendência de aumento”, informa o coordenador do boletim InfoGripe, da Fiocruz, Marcelo Gomes.
Este aumento pode estar relacionado com a circulação da subvariante BQ.1. A nova mutação da variante ômicron da covid-19 vem mostrando maior poder de contágio. Ela já provocou um aumento significativo de casos e internações na Europa nos últimos meses. Contudo, existem outros fatores a serem analisados em conjunto. “O tempo transcorrido desde o pico observado entre maio e junho de 2022 pode ser um dos fatores a contribuir”, afirma a Fiocruz.
Detalhes da covid – Segundo Gomes, a incidência de covid-19 volta a preocupar, mas ainda sem causar apreensão na sociedade – o que faz a situação piorar. “É esperado nas próximas semanas que os números se mostrem ainda maiores do que os presentes. Inclusive, podemos ter, eventualmente, outros estados com aumento de casos. É importante estarmos atentos, que a vigilância esteja atenta. Já vemos uma tendência de aumento nas internações por problemas respiratórios, especialmente, na população adulta, com 60 anos ou mais.”
Por fim, o pesquisador lembra que a covid-19 ainda é uma doença nova. Existem detalhes que estão sob olhar atento da ciência, como os padrões anuais de transmissão, que parecem divergir da gripe comum. “Diferente do Influenza e outros vírus respiratórios com tipicamente um pico por ano, a Covid-19 pode estar se encaminhando para uma realidade na qual a gente tenha que conviver com dois momentos do aumento da sua circulação.”
(via Rede Brasil Atual)