Fepesp: Todo apoio à justa greve na Unimep

Liderados pelo Sinpro Campinas, educadores na Unimep de Piracicaba decretaram greve a partir da primeira hora da segunda feira, dia 30

Nota de apoio – A Federação dos Professores do Estado de São Paulo expressa nesta nota o reconhecimento pelo valor e união dos educadores da Unimep. Vocês estão sendo forjados na luta e dão exemplo a toda a categoria com sua explosão de participação em uma justa paralisação.

Seu movimento já tem repercussão e efeitos. Rolam cabeças na direção geral de Educação da Metodista, não é mais possível manter um estado de insegurança entre profissionais que sempre demonstraram dedicação.

À sua dedicação soma-se o exemplo de persistência e luta, organizando reuniões, ampliando o movimento com a participação de pessoal de unidades da Rede Metodista em Minas Gerais, Porto Alegre, ABC, e dizendo um Basta! a nível nacional.

Viva o Sindicato! Viva a união dos educadores da Metodista em nível nacional!

Fepesp, 01/12/20

Por que os educadores entraram em greve na Unimep

A aprovação da paralisação ocorreu na noite de quinta-feira (26), após assembleia, de acordo com Conceição Fornasari, presidente do Sindicato dos Professores de Campinas e Região (Sinpro).

De acordo com a professora Conceição, a pauta de reivindicações inclui a quitação das seguintes dívidas:

• Um terço de férias, o 13º salário e o salário do mês de dezembro de 2019;
• 50% dos salários desde março, que desde então são pagos pela metade;
• Pagamento de um acordo feito em relação às dívidas de 2019, que foram paralisados após pagamento de duas parcelas;
• Depósito de parcelas do FGTS em atraso.

“A situação dos professores e professoras da Unimep está extremamente grave. Nós não queríamos greve. Aliás, nós esperamos muito para fazer essa greve, porque nesse momento, final de semestre, uma greve virtual, ou seja, só decretamos essa greve para que nós sejamos ouvidos”, afirmou Conceição.

Ainda conforme o Sinpro, são cerca de 500 professores na situação citada e as aulas estão sendo realizadas em formato virtual atualmente.

Breve histórico de uma luta justa

Em dezembro de 2019, o Sinpro Campinas também informou que estavam em atraso os salários desde outubro e outros benefícios. Na ocasião, a entidade também relatou a demissão de uma série de professores. À época, o sindicato acionou a Justiça do Trabalho.

O Sindicato dos Auxiliares em Administração Escolar de Piracicaba (Saep) já havia comunicado sobre atraso nos salários dos funcionários da Unimep em fevereiro do ano passado. À época, a entidade também apontou falta de repasse de vale-refeição e vale-alimentação.

O atraso nos salários e no pagamento dos benefícios desrespeita o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado em março de 2018 pela entidade mantenedora da Unimep.

Em outubro do ano retrasado, o Ministério Público do Trabalho (MPT) já entrou com ação de execução para reivindicar o pagamento de R$ 650 mil por descumprimento do TAC.

Em abril de 2019, a Justiça incluiu a Associação da Igreja Metodista e as dez unidades regionais da entidade no polo passivo da ação.

Da Fepesp

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