Feteerj: Federação reivindica a suspensão das aulas até a vacinação completa das crianças

A Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino no Estado do Rio de Janeiro (Feteerj) vem a público reivindicar o adiamento das aulas presenciais nos estabelecimentos privados de ensino devido à aceleração dos casos de covid no município e no estado do Rio de Janeiro.

O adiamento das aulas presenciais se daria até a vacinação completa das crianças na faixa de 5 a 11 anos, que começou agora em janeiro e deverá terminar em fevereiro e março – lembrando que ainda há o feriado do carnaval nesse período, o que significa que seriam poucos dias sem aulas presenciais. Em compensação, o ganho com o aumento da segurança sanitária com a imunização completa de nossas crianças é imensurável.

Com isso, temos certeza que vale a pena, para toda a sociedade, aguardar mais alguns dias!

Essa conclamação segue a orientação da Contee (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino), à qual somos filiados.

ENTENDA O PORQUÊ DE NÃO COMEÇAR AS AULAS PRESENCIAIS AGORA

A variante ômicron do vírus da covid 19 já é dominante no Brasil e a sua enorme capacidade de transmissão fez com que a doença voltasse a ser a principal causa de morte no Brasil.

A vacina não evita a contaminação, mas tem diminuído a gravidade dos sintomas e, por consequência, diminuído o número de pessoas que necessita de internações.

Tanto é assim que a enorme maioria das pessoas que estão sendo internadas por complicações causadas pela covid não se vacinou ou ainda não completou o ciclo de vacinação, não tendo tomado a 2ª dose, por algum motivo.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde RJ, a taxa de mortalidade por covid-19 no mês de dezembro em nosso estado foi quase o triplo entre pessoas não vacinadas em comparação aos que receberam dose do imunizante. A Secretaria informa, também, que a taxa de incidência de internação na população não vacinada é oito vezes maior que entre os imunizados com ao menos uma dose (informação do site Poder 360).

Matéria do Jornal Nacional da TV Globo do dia 07/01 informa que o risco de morte por Covid de não imunizados é 11 vezes maior, segundo estudo feito pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais

Em matéria da BBC de 23/12, a Secretaria Municipal RJ informa que cerca de 90% das pessoas internadas por covid não completaram o esquema vacinal, e aproximadamente 38% não tomaram nenhuma dose.

Todas essas informações reforçam a eficiência e importância da imunização completa para que todos possam voltar à normalidade em suas vidas.

Mas a situação é mais preocupante em relação às crianças, pois somente agora os menores de 11 anos começaram a ser vacinados.

Segundo matéria do jornal O Globo de 27/01, “dados enviados por 14 estados mostram que em pelo menos nove deles houve aumento na quantidade de internações de crianças com Covid-19 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em um mês. Nos últimos dias de dezembro, havia 39 brasileiros de 0 a 11 anos contaminados pelo coronavírus em UTIs. Ontem, eram 72, um aumento de 85%”.

O jornal Folha de São Paulo, em matéria de 26/01, informa que “ao menos sete estados brasileiros estão com uma ocupação de mais de 80% dos leitos de UTI (unidade de terapia intensiva) pediátricos para o tratamento de crianças com Covid-19”.

A piora da pandemia coloca em risco a vida de estudantes e trabalhadores em educação e ainda ameaça de infecção os familiares.

Por isso, é fundamental adiarmos as aulas presenciais e darmos mais um tempo fundamental para a imunização completa de todos os nossos estudantes.

TEMOS QUE AGUARDAR A IMUNIZAÇÃO DAS CRIANÇAS

Felizmente, quase 100% dos profissionais de educação estão imunizados pela vacina em nosso estado. Mas uma grande parte dos alunos da rede básica, com a idade de cinco a 11 anos, apenas começou a se vacinar agora em janeiro, o que significa que essas crianças apenas estarão imunizadas no mês de março, com o ano letivo em andamento.

Diante desse quadro, a Feteerj conclama o adiamento do início das aulas presenciais até a vacinação completa de todas as crianças.

Também reafirmamos a necessidade de manutenção das medidas de distanciamento físico e de proteção individual. O “passaporte da vacina” deve ser obrigatório para acesso às escolas, inclusive para participação em atividades coletivas e eventos abertos ao público.

Da Feteerj

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