Feteesul: Após mais de 500 demissões na Ulbra, professores e técnicos buscam saída para pagamentos de salários e verbas rescisórias

A educação brasileira passa por profundas transformações, lideradas pelo corte de investimentos públicos no setor, reformas que retiram direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e pelo avanço do neoliberalismo, que achata a qualidade do ensino em nome do lucro de multinacionais. Neste cenário, aparecem as demissões em massa como a ocorrida na Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) no Rio Grande do Sul. É papel dos sindicatos dos trabalhadores lutar pelo direito que cada um e cada uma tem de receber seus direitos nos prazos estipulados pela lei.

O número total de desligamentos na Ulbra foi informado somente nesta segunda-feira, 14, por representantes da mantenedora da instituição, a Associação Educacional Luterana do Brasil (Aelbra), ao Sindicato dos Professores (Sinpro/RS) e ao Sindicato dos funcionários (Sintep/Vales). Os dirigentes da instituição declararam também a impossibilidade de pagamento da integralidade das verbas rescisórias nos prazos legais.

O Sinpro/RS convocou Assembleia dos 287 professores que tiveram seus contratos de trabalho rescindidos nos últimos dias para debater saídas para a situação, considerada como grave pelo diretor do sindicato, Marcos Fuhr. “É fundamental que a universidade defina uma proposta que contemple a integralidade dos direitos rescisórios (incluindo o saldo credor do FGTS) e o seu pagamento no menor prazo possível”, afirma. Os encontros serão em Porto Alegre, Passo Fundo, Santa Maria e Cachoeira do Sul, nesta quinta-feira (17).

Os diretores do Sintep Vales se reuniram ontem (16) com a direção da Aelbra. De acordo com a diretora Ana Machry, “foi um debate intenso, com explicações sobre o porquê de tantas demissões. Segundo a direção da Aelbra, é uma ação necessária após a redução no número de matrículas pagantes, além das alterações no Fies e o EaD.” A reunião entre as partes está sendo retomada hoje, visando encontrar saídas para o pagamento das rescisões e dos salários atrasados.

Com informações do Sinpro/RS e do Sintep Vales

Feteesul

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