Inseguranças para jornalistas que cobrem Palácio da Alvorada evidencia degradação da democracia sob Bolsonaro

A retirada das equipes de reportagem do Palácio da Alvorada (residência oficial do presidente da República) pelos grupos Folha, Globo e Band denuncia o aprofundamento da degradação do ambiente democrático sob o governo Bolsonaro. A medida foi anunciada pelas empresas nesta segunda-feira (25/5) e não surpreendeu quem acompanha o noticiário.

A escalada de ataques a jornalistas e à imprensa, por parte de Jair Bolsonaro, tem incentivado agressões físicas e morais cada vez mais frequentes contra equipes de reportagens em atos pró-governo e na entrada do Palácio da Alvorada. Somente este mês, três jornalistas foram agredidos fisicamente por bolsonaristas durante manifestações.

E quem não lembra de Bolsonaro mandando jornalistas calarem a boca no início do mês, em frente ao Alvorada?

A postura do presidente encoraja manifestações cada vez mais desproporcionais e achincalhamentos públicos como o que aconteceu ontem, também na entrada do Alvorada. Ela não pode, aliás, ser considerada mero arroubo idiossincrático de uma autoridade pouco dada ao diálogo com quem não lhe endossa.

Bolsonaro dá mostras de seu desapreço pelas instituições democráticas desde sempre. Sob seu governo, os ataques a jornalistas e à liberdade de imprensa só cresceram (54% em 2019, segundo o Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil 2019, da Federação Nacional dos Jornalistas – Fenaj). Em quase 60% dos casos, os ataques partiram do próprio presidente.

Nesse cenário, as mensagens de incentivo ao assassinato de jornalistas pichadas num tapume em Belo Horizante-MG não podem ser encaradas como mera expressão de insatisfação contra a cobertura da imprensa.

Essa violência generalizada e cada vez mais corrosiva do ambiente democrático precisa de limites. É urgente que as instituições que ainda operam sob a égide da Constituição tomem medidas para assegurar o estancamento dessa progressiva sanha autoritária.

A aceitação e tramitação do pedido de impeachment coletivo protocolado na Câmara dos Deputados pelo FNDC e outras centenas de entidades e partidos de oposição, na semana passada, é uma forma de tirar o país desse abismo.

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