Justiça revoga prisão domiciliar de assassino de petista

Jorge Guaranho já foi encaminhado à penitenciária de Curitiba. Decisão anterior dava ao réu prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica

A Justiça do Paraná revogou na sexta-feira (12) a prisão domiciliar do policial penal bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, réu por homicídio duplamente qualificado por ter assassinado a tiros o guarda municipal petista Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu no dia 10 de julho. De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública do Paraná fornecidas ao G1, o acusado chegou por volta das 2h50 deste sábado (13) ao Complexo Médico Penal em Pinhais, região metropolitana de Curitiba.

Na quarta-feira (10), dia em que Guaranho recebeu alta do hospital, as autoridades converteram a sua prisão preventiva de em prisão domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica, alegando que o sistema penitenciário parananense não teria condições de garantir a segurança e as condições médicas necessárias para o cuidado do acusado.

Em novo informe, o juiz da 3ª Vara Criminal de Foz de Iguaçu Gustavo Germano Francisco Arguello garantiu que o Complexo Médico Penal possui as “condições de garantir a manutenção diária das necessidades básicas do custodiado com supervisão contínua”. A defesa do policial afirma que sua prisão é “ilegal e desumana” e que a prisão preventiva de um réu deve ser feita quando “representa um risco à sociedade ou pode fugir ou atrapalhar a produção das provas”.

Segundo a olícia Civil, Guaranho foi até o local onde acontecia a festa de aniversário de Arruda, cujo tema era o Partido dos Trabalhadores, para “provocar” os convidados. Houve discussão e o petista jogou areia no veículo do bolsonarista, que foi embora com sua esposa e sua filha. No entanto, na sequência ele voltou ao local para atirar no aniversariante, que revidou.

Ainda segundo a apuração dos policiais, após ser atingido, Guaranho levou mais de 20 chutes na cabeça em um intervalo de aproximadamente seis minutos. Essa informação consta em uma investigação paralela que apura as lesões sofridas pelo bolsonarista. Apesar das circunstâncias, o Ministério Público não enquadrou o caso como crime de ódio, político ou contra o Estado.

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