Lula diz que trabalha para vencer a eleição presidencial no primeiro turno

O ex-presidente e Geraldo Alckmin participaram de encontro com candidatos à Presidência da República em outras eleições

O ex-presidente Lula disse que os esforços da sua campanha são para vencer a eleição presidencial no primeiro turno. “Eu estou trabalhando para ganhar no primeiro turno nessas eleições. Obviamente que todos os candidatos estão numa briga comigo para que eu não ganhe no primeiro turno”, disse ele.

Lula lembrou que só ganhou até agora eleição no segundo turno. “Mas não é por que eu goste de segundo turno. Sempre tentei trabalhar para ganhar no primeiro. Mas sempre houve alguém que não deixava eu ganhar”, afirmou.

Agora, de acordo com ele, está trabalhando para ganhar no primeiro turno. “Cada gesto meu é na perspectiva de mostrar a sociedade que eu quero ganhar. Obviamente é uma eleição atípica, porque todos os candidatos, desde o atual presidente e outros estão numa briga mais forte contra mim do que o próprio presidente, porque eles não querem que eu ganhe no primeiro turno. Tem duas brigas: um lado para derrotar o Bolsonaro e a outra para não deixar eu ganhar no primeiro turno. E eu quero ganhar. E, por isso, vou trabalhar”, disse.

Nesta segunda-feira (19), Lula e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, da Coligação Brasil da Esperança, participam de encontro com candidatos à Presidência da República em outras eleições.

“Vamos cuidar do povo e restabelecer a democracia. Todos sabem que vamos brigar para resolver o problema do orçamento secreto (…) Vamos fomentar as universidades brasileiras. A universidade não é uma coisa para poucos. É para muitos, porque a educação é o retorno mais extraordinário que temos (…) Não foi pouca coisa que eles destruíram. Na educação, na ciência. É quase uma política de terra arrasada, por isso nós vamos ter que recuperar nosso ensino”, disse ele no encontro.

Pesquisa BTG-FSB, divulgada nesta segunda-feira, deu um ânimo a mais a campanha de Lula para vencer a eleição presidencial ainda no primeiro turno. O ex-presidente cresceu 3% e a chamada terceira via encolheu de 19% para 14%. Especialistas dizem que há “um sentimento já perceptível” na batalha eleitoral favorável ao voto útil para a candidatura competitiva de Lula.

Nesta reta final, a estratégia da campanha do ex-presidente começou a concentrar forças nessa possibilidade e no sentido de ampliar ainda mais a frente de apoio ao ex-presidente.

De acordo com a colunista Bela Megale, de O Globo, a campanha de Lula concentra esforços em apoio de tucanos históricos. “O esforço vem sendo feito para que nomes ligados ao PSDB, especialmente na área de direitos humanos e justiça, se posicionem o quanto antes”, diz a jornalista.

Alckmin tem procurado, por exemplo, nomes como de José Gregori, que foi secretário nacional de Direitos Humanos e ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso.

“Sou muito amigo e companheiro de lutas do Alckmin. Ele tem um passado respeitável e não toma decisões frívolas. Alckmin fez uma mudança violenta no seu translado. Não atravessou uma rua, atravessou várias avenidas, porque sentiu o que muita gente da nossa geração sente, que a democracia precisa ser cuidada de outra maneira que não essa que o presidente atual tem feito”, disse Gregori a Megale.

Vermelho

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