Manifesto da CPLP-SE no Congresso Mundial da Internacional da Educação

COMUNIDADE DAS ORGANIZAÇÕES DE TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DOS PAÍSES DE LÍNGUA OFICIAL PORTUGUESA, simplificadamente CPLP – Sindical de Educação, é uma organização sindical que engloba sindicatos da área educativa de todos os países de língua oficial portuguesa, a saber: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné Bissau, S. Tomé e Príncipe, Brasil, Timor-Leste, Portugal, e ainda a Galiza, que não tendo o português como língua oficial, é contudo membro de pleno direito. São pois 14 organizações sindicais de 9 países diferentes.

Fundada em 2001, esta organização realiza congressos periódicos, de 3 em 3 anos, a que damos o nome de Conferências, tem estatutos próprios e a sua sede na capital portuguesa, Lisboa.

Após anos de relações bilaterais entre praticamente todos estes sindicatos, foi ganhando corpo a ideia de ir mais além, em torno de 3 objetivos centrais:

  •   Estreitar as relações entre as organizações sindicais de professores e trabalhadores em educação dos países lusófonos, procurando dinamizar a cooperação nos domínios social, económico, cultural, jurídico e pedagógico, em particular no que respeita à formação de professores.
  • Defender e promover, através da educação, a língua portuguesa, património comum dos nossos povos.
  •  Defender e promover a existência de uma Escola Pública laica, gratuita, democrática e de qualidade, fator essencial para que todos tenham acesso à educação, independentemente das condições sociais, credos religiosos ou convicções ideológicas, articulando a sua intervenção face as processos de reformas educativas que ocorram nos respetivos países.

De então para cá a CPLP-SE foi fazendo o seu caminho, construindo-se como organização, procurando valorizar-se aos olhos de outras instituições, reforçando a sua coesão interna, crescendo em número de sindicatos filiados, mas debatendo-se sempre, no que concerne à consecução dos seus planos de atividades, com claras dificuldades de financiamento para a realização de várias iniciativas concretas.

A sua valorização aos olhos de outras instituições passa obviamente pelo seu reconhecimento junto da maior organização mundial deste ramo – a Internacional da Educação, a exemplo do que já acontece com organizações similares de países de outras línguas.

O seu reconhecimento, ainda que não orgânico, por parte da IE, constituiria uma vantagem para ambas as partes, pois também esta passaria a contar para a sua atividade regular com um interlocutor mais amplo do que os seus filiados individualmente considerados, e com motivações e solidariedade já bem sedimentadas entre todos os sindicatos da lusofonia.

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