Mobilização: Calculadora de aposentadoria ajuda a mostrar perdas aos trabalhadores

Para responder às dúvidas da categoria sobre quanto tempo cada uma terá que trabalhar até poder se aposentar, além de quanto tempo a mais precisará contribuir para ter direito à aposentadoria integral, caso o desmonte da Previdência pretendido pelo governo Bolsonaro seja aprovado, o Portal da Contee disponibilizou, na homepage, o link para a calculadora de aposentadoria desenvolvida pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Para fazer o cálculo, o trabalhador precisa informar seu vínculo (trabalhador do regime geral, professor do ensino básico celetista, agricultor familiar, trabalhador assalariado rural, servidor público ou professor servidor público), sua data de nascimento e quanto tempo de contribuição. Por exemplo, uma jovem que tenha completado 18 anos em setembro de 2001 e que tenha começado a dar aulas na educação infantil em fevereiro do ano seguinte, após se formar no magistério. Se ela tiver trabalhado ininterruptamente desde então, soma 17 anos e um mês de sala de aula e de contribuição.

Nesse caso, apenas jogando essas informações na calculadora, ela diagnostica que, pela regra atual, com, pelo menos, mais 16 anos e dois meses de contribuição, a professora poderá se aposentar aos 51 anos. No entanto, pela proposta do governo, ela só poderá se aposentar aos 60 anos, com mais 22 anos e 11 meses de contribuição. Ou seja, caso a proposta seja aprovada, a professora em questão terá que contribuir por mais seis anos e nove meses para ter direito à aposentadoria integral e terá oito anos e quatro meses de idade a mais.

A comparação torna a calculadora do Dieese uma ferramenta extremamente útil de esclarecimento dos trabalhadores — mostrando os prejuízos reais, contra toda a desinformação mal-intencionada do governo — e, justamente por isso, um importante instrumento de mobilização contra a reforma da Previdência e a destruição de direitos.

Por Táscia Souza

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