Neste 15 de março, trabalhadores tomam as ruas e dão o recado: Nenhum direito a menos!

Temer sai, a Previdência fica! Esse anseio fez com que as ruas de todo o Brasil fossem tomadas nesta quarta-feira, 15 de março, por trabalhadores e trabalhadoras, de todas as idades e das mais diversas posições políticas, unidos contra os ataques do governo Michel Temer aos direitos de aposentadoria e toda a Seguridade Social. E foi um dia histórico para a Contee, suas entidades filiadas e para os professores e técnicos administrativos do setor privado de ensino, que se mobilizaram em peso e aderiram à greve geral nas mais diversas cidades do país.

Um dos exemplos destacados foi o do Rio de Janeiro, onde aconteceu o maior movimento grevista dos últimos 20 anos na educação privada carioca, segundo o coordenador da Secretaria de Organização Sindical da Contee, Oswaldo Luís Cordeiro Teles. “No Rio, a greve da educação aconteceu. Paralisação total em todas escolas do Centro e da Zona Sul. Paralisação total em muitas escolas da Zona Norte e em algumas da Zona Oeste. Estamos contabilizando os números. Devemos parar 10 mil professores que já aderiram à greve e por volta de 200 escolas com paralisação total”, relatou ele, logo na manhã desta quarta-feira.

O coordenador-geral da Confederação, Gilson Reis, destacou “a belíssima participação da Contee e sindicatos filiados nas manifestações do dia de hoje”. “Foram milhares de professores e professoras na luta contra a reforma da Previdência. Uma importante página da nossa história.” Em suas redes sociais, ao longo do dia, diretores da Contee compartilharam fotos das manifestações das quais participaram. “BH diz não ao roubo da Previdência. Fora Temer”, postou Reis, informando que 200 mil participaram do ato na capital mineira. “Maior ato de nossa história recente”, enfatizou.

Em São Paulo, a coordenadora da Secretaria-Geral, Madalena Guasco Peixoto, ressaltou a participação do magistério: “Professores e professoras na Paulista contra as reformas da previdência e trabalhista!”, escreveu, em foto acompanhada do coordenador da Secretaria de Assuntos Estratégicos e Bancos de Dados, Fábio Eduardo Zambon, do presidente da Fepesp, Celso Napolitano, e do presidente do Sinpro-SP, Luiz Antonio Barbagli. Já a coordenador da Secretaria de Relações Internacionais, Maria Clotilde Lemos Petta, escreveu: “Por tudo que vivi e vi neste dia histórico tenho mais ainda orgulho de minha profissão. Os professores da rede pública e também do setor privado deram aula de cidadania nas ruas e nas salas de aula”.

#GreveGeral

De acordo com balanço das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo,cerca de 1 milhão de trabalhadoras e trabalhadores foram às ruas neste dia 15, em mais de 20 capitais — sem contar cidades do interior, como Juiz de Gora (MG), Anápolis (GO), Ijuí e Caxias do Sul (RS), entre outras — contra a proposta de reformas da Previdência e trabalhista.

Além de trabalhadores em educação, desde as primeiras horas da manhã, diversas categorias, como metroviários, metalúrgicos, condutores, bancários, químicos e servidores públicos, cruzaram os braços em rechaço à proposta de desmonte do Estado Social brasileiro, que ameaça os direitos.

Em São Paulo, maior cidade do país, a paralisação do metrô e dos ônibus deu o termômetro da adesão ao movimento. A pedido do governo de São Paulo, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) concedeu liminar obrigando o funcionamento pleno do metrô, caso contrário pagaria multa de R$ 100 mil por dia. Mesmo assim, a categoria decidiu manter a grave por considerar que a ameaça de Temer aos direitos é mais grave e o transporte só voltou a funcionar parcialmente no meio da manhã. Em Brasília, o Ministério da Fazenda foi ocupado por manifestantes e a passeata contou com a participação de mais de 20 mil pessoas.

A hashtag #GreveGeral ficou boa parte do dia como a palavra mais comentada no Twitter. A mobilização na rede foi fundamental para desmascarar a grande mídia, que seguiu o discurso de criminalização dos movimentos, descrevendo os atos como uma ação que prejudica os trabalhadores, sem tratar dos pontos da reforma, nem sequer entrevistando lideranças para falar sobre o movimento.

A grande adesão ao ato mostrou a força da classe trabalhadora, que deu seu recado ao governo Temer e ao Congresso Nacional: não vamos aceitar nenhum direito a menos!

Com informações do Portal Vermelho

Confira as fotos da participação das entidades filiadas à Contee nas manifestações:

ANÁPOLIS-GO

BAIXADA FLUMINENSE-RJ

BARBACENA-MG

BELO HORIZONTE-MG

BRASÍLIA-DF

CAMPINAS-SP

CARATINGA-MG

CAXIAS DO SUL-RS

CHAPECÓ-SC

CONSELHEIRO LAFAIETE-MG

CUIABÁ-MT

DIVINÓPOLIS-MG

GOIÂNIA-GO

GOVERNADOR VALADARES-MG

IJUÍ-RS

INDAIATUBA-SP

JUIZ DE FORA-MG

MACEIÓ-AL

 

MONTES CLAROS-MG

POÇOS DE CALDAS-MG

PONTE NOVA-MG

POUSO ALEGRE-MG

RECIFE-PE

RIO DE JANEIRO-RJ

SÃO PAULO-SP

TUBARÃO-SC

VARGINHA-MG

VITÓRIA-ES

UBERLÂNDIA-MG

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