Novembro Azul: O mês está terminando, mas a prevenção não

Faltam apenas cinco dias para o fim de novembro, mas a campanha sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata continua. E precisa continuar, mesmo depois. Sobretudo num ano como 2020, em que a atenção redobrada e necessária à Covid-19 acabou, infelizmente, fazendo com que muitas pessoas se desviassem da prevenção a outras doenças, como os cânceres.

O Novembro Azul é um movimento mundial cujo objetivo é alertar os homens a respeito dessa doença masculina tão comum e sobre a qual ainda há tanto tabu. Para prevenir, os médicos recomendam, para homens acima dos 50 anos (quando há histórico familiar, essa idade cai para 45 anos), a realização anual de dois exames: a contagem de PSA (Antígeno Prostático Específico) no sangue e o toque retal.

É justamente aqui — e na ideia equivocada de masculinidade — que a prevenção enfrenta seu maior desafio. Há cerca de dois anos, pesquisa divulgada pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia de São Paulo, mostrou que 49% dos brasileiros acima dos 45 anos nunca realizou esse exame e, para 24% deles, esse cuidado é tido como “pouco másculo”. Enquanto isso, tumores na próstata seguem sendo o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens brasileiros, atrás apenas dos cânceres de pele.

Existe ainda uma negligência geral com a própria saúde, vinda de um medo, consciente ou inconsciente, de demonstrar fraqueza. Tanto é assim que, segundo dados do Ministério da Saúde, 31% dos homens brasileiros não têm o hábito de ir ao médico, a não ser que quando já pode ser tarde demais.

Como destacou o coordenador da Secretaria de Saúde dos Trabalhadores em Educação da Contee, Celso Woyciechowski, no mês passado, a respeito tanto do Outubro Rosa quanto do Novembro Azul, “a prevenção é sempre um fator determinante em todos os aspectos. Portanto, trabalhar esse tema na consciência de homens e mulheres é fundamental para que possamos ter uma melhor qualidade de vida.”

Por Táscia Souza

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