Para a Contee, 2022 será o ano da retomada do Brasil democrático

A Diretoria Executiva faz sua última reunião ordinária de 2021 nesta sexta, 17, quando abordou o ano que chega ao fim e as perspectivas para o próximo. O coordenador-geral, Gilson Reis, abriu o encontro considerando este como “mais um ano de agruras, dificuldades, de pandemia, mas sobrevivemos e com perspectivas de futuro!”

Os diretores manifestaram preocupação com o resultado das eleições presidenciais no Chile, no próximo domingo, 19, quando aquele país “vai optar entre a civilização e a barbárie. O programa proposto pelo candidato da ultradireita, José Antonio Kast, é fascista”. No Brasil, o ex-presidente Lula vai bem nas pesquisas eleitorais para o pleito do próximo ano, mas a direita continua procurando como enfrentá-lo. O golpismo de Bolsonaro não deixou de existir e pode contar com o apoio das classes dominantes.

Os sindicalistas também consideraram que 2021 foi o pior ano para a educação brasileiro, com o Ministério da Educação sob a direção do pastor Milton Ribeiro. Ele avançou na privatização do setor, na desmoralização do Enem, na mudança negativa no Prouni. “Esse quadro reforça a necessidade de uma massiva e combativa Conferência Nacional Popular de Educação (Conape) em 2022, com encontros estaduais e regionais. Vamos realizar conferências extraordinárias, inclusive para discutir a ‘educação 5.0’. É forte a preocupação, não só nossa, mas mundial, com o predomínio de multinacionais na educação”, pontificou Gilson.

Em abril será realizada a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), convocada pelas centrais sindicais e com participação da Contee, “um momento especial para debate do novo código do trabalho e o financiamento das entidades”, indicaram os dirigentes. Foi reforçada a necessidade da unidade dos trabalhadores, em especial nas eleições gerais, apoiando o candidato presidencial que se comprometer com o projeto de Brasil desenvolvimentista, soberano e com inclusão social e postulantes aos governos estaduais, Congresso Nacional e assembleias legislativas vinculados à democracia e às lutas populares. Alertou-se as entidades filiadas e a categoria para as demissões que ocorrem no final do ano.

A Diretoria também analisou o informe da Secretaria de Finanças, apresentado pelo coordenador Rodrigo de Paula, e programou atividades para o início do ano, inclusive a próxima reunião da Executiva, em 25 de janeiro, e a realização de uma reunião presencial, em 9 e 10 de fevereiro, se houver condições sanitárias que a possibilitem. Foram apresentados informes sobre atividades da entidade e anunciado que a Contee entrará em recesso, entre 20 de dezembro a 5 de janeiro, mantendo, contudo, diretores de plantão.

Encerrando o encontro, Gilson desejou boas festas de fim de ano para toda a categoria e familiares e afirmou que “2022 surge no horizonte com grandes possibilidades de desfazimento de um golpe de Estado, dos retrocessos econômicos, trabalhistas, educacionais, culturais, sanitários etc. O Brasil que surgirá no próximo período será de grandes desafios e de imensas possibilidades. Caberá a cada um de nós contribuir para reconstruir o Brasil dos escombros do neoliberalismo conservador e ajudar a florescer uma nova sociedade, livre e democrática”.

Carlos Pompe

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