Plataformas não combatem ‘fake news nem as práticas terroristas nas redes’, denuncia Lula

“Precisamos discutir no G20 como é que a gente vai cuidar das plataformas digitais, que não têm nenhuma responsabilidade com [o combate às] fake news, com a transmissão de ódio, com verdadeiras práticas terroristas através de uma rede digital, que de social tem muito pouco hoje”, disse o presidente

O presidente Lula defendeu que os países devem discutir de maneira internacional a regulamentação das redes sociais, “que não têm nenhuma responsabilidade” no combate “às fake news” e disseminação de ódio.

Lula, que está voltando para o Brasil depois de uma viagem para China e para os Emirados Árabes, falou que o G20 precisa se debruçar sobre o tema durante entrevista coletiva neste domingo (16) em Abu Dhabi.

“Precisamos discutir no G20 como é que a gente vai cuidar das plataformas digitais, que não têm nenhuma responsabilidade com fake news, com a transmissão de ódio, com verdadeiras práticas terroristas através de uma rede digital, que de social tem muito pouco hoje”, disse o presidente.

O governo Lula tem se mobilizado para discutir o combate à violência nas escolas em diversas frentes, como na Educação, na Segurança Pública, na Saúde e outras.

Já foram liberados R$ 250 milhões para reforço na segurança dos Estados e municípios, assim como foi publicada uma portaria que exige maior responsabilidade das plataformas digitais sobre os conteúdos que veiculam, visando o fim da circulação de mensagens de ódio e de violência.

Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, informou que 120 pessoas foram presas ou apreendidas por ameaças contra escolas.

GRUPO PELA PAZ

Na entrevista, Lula defendeu a criação de “uma espécie de G20 da paz”, reunindo países interessados em conversar com a Rússia e com a Ucrânia para que a guerra seja encerrada.

“Estamos tentando construir um grupo de países que não têm nenhum envolvimento com a guerra, que não querem a guerra e desejam construir paz no mundo para conversarmos tanto com a Rússia quanto com a Ucrânia”, disse o presidente.

Lula citou como interessados em construir esse grupo o Brasil, a China e outros países da América Latina.

Na avaliação dele, “é preciso conversar com os Estados Unidos e com a União Europeia” e “convencer as pessoas de que a paz é a melhor forma para se restabelecer qualquer processo de conversação”.

“Do jeito que tá a coisa, a paz está muito difícil”, assinalou o presidente. “A Europa e os Estados Unidos terminam dando uma contribuição para a continuidade dessa guerra. Temos que sentar em uma mesa e dizer ‘chega’”, continuou.

Hora do Povo

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