Reforma trabalhista tem que ser revogada, e não renegociada

Durante o debate sobre a reforma trabalhista realizado nesta segunda-feira, 21, no programa Contee Conta, o dirigente da Confederação Intersindical da Espanha, Vicent Maurí Genovés, e o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis, foram unânimes: não há como remendar a reforma trabalhista neoliberal, ela deve ser revogada!

O sindicalista espanhol denunciou a manobra do governo, patrões e setores de seu país visando a continuidade de importantes itens da reforma neoliberal imposta em 2012. “Realizamos três greves gerais, em 2010 e 2012, e muitas manifestações do movimento sindical e social contra a reforma trabalhista e contra a reforma da aposentadoria. O atual governo foi eleito com o compromisso de revogá-las, mas está, agora, em negociações com o patronato. prejudiciais aos trabalhadores. Mais de 40 entidades sindicais manifestaram nossa rotunda oposição ao acordo subscrito pelo governo com grupos autodenominados agentes sociais. Esses ‘agentes’ não representam todas as pessoas trabalhadoras e nem a todas as entidades sindicais”, explanou.

Gilson afirmou que “lutamos pela revogação da reforma no Brasil e queremos levar em conta as novas condições e inovações de trabalho parra garantir os direitos dos trabalhadores num novo código de trabalho. A reforma de Temer e Bolsonaro atacou a organização sindical, como na Espanha, para acelerar a implementação da política neoliberal. Temos o desafio de preparar os trabalhadores para enfrentar esse debate: alguns setores já falam em não revogar, mas ‘negociar’ a reforma. A experiência espanhola mostra que a reforma tem que ser revogada! A primeira necessidade é derrotar Bolsonaro e, se alcançarmos essa vitória nas próximas eleições, será preciso tensionar para revogar a reforma, porque o mercado de trabalho no Brasil é muito sacrificado para quem é assalariado”.

A Confederação Intersindical dirigida por Vincent é formada por sindicatos, federações e confederações intersindicais e sindicatos da área de ensino, saúde, trabalhadores ferroviários, administração e serviços públicos da Espanha.

Assista a íntegra do programa, que foi mediado pelo jornalista Marcos Verlaine.

Carlos Pompe

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