Sinpro Campinas e Região apoia o acampamento Marielle Vive!

O Sindicato dos Professores de Campinas e região presta seu apoio e solidariedade aos moradores do Acampamento Marielle Vive!, vítimas da decisão da juíza de primeira instância de Valinhos, Bianca Vasconcelos, proferida dia 12 de agosto, que decidiu em sentença pelo despejo das famílias que vivem na Fazenda Eldorado Empreendimentos Imobiliários Ltda desde o dia 14 de abril de 2018.

De acordo com o MST, a decisão “além de cruel, é recheada de fragilidades jurídicas” e desconsidera a realização de reunião prévia de conciliação e estipula um prazo de apenas 15 dias úteis para a saída voluntária das cerca de mil famílias acampadas no local.

Além disso, o Movimento dos Sem Terra alega que a juíza se baseia em um contrato de arrendamento datado de 2009 com validade de 24 meses como comprovação de posse. O contrato, além de estar expirado, foi assinado apenas pelo locatário.

Em reunião na quarta-feira, dia 21, no Sindicato dos Metalúrgicos, representantes de mandatos do PT, PCdoB e do PSOL e movimentos sociais criaram o comitê em defesa da ocupação. O Sinpro foi representado pelo diretor do sindicato, Paulo José Nobre. Segundo o diretor, foram deliberadas várias ações, entre elas envolver os parlamentares nessa discussão e divulgar para a sociedade a situação pela qual as famílias do acampamento estão passando, com o intuito de tentar reverter a decisão da juíza.

Violações de Direitos Humanos

As famílias do acampamento ainda passam por constantes violações de Direitos Humanos, como dificuldade do acesso à água potável e à saúde e à educação, abuso policial e negação da entrega de cesta básica para os moradores.

O acampamento também está de luto pelo assassinato de Luis Ferreira da Costa. O morador do acampamento, de 72 anos, foi assassinado no dia 18 de julho, por Leo Ribeiro, que está preso, por ter cometido homicídio qualificado. O crime aconteceu durante uma manifestação simbólica para denunciar a falta de água e de alimentos no acampamento. Leo Ferreira jogou sua caminhonete contra os manifestantes.

Do Sinpro Campinas e Região

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