Sinpro Macaé e Região: “Com muita mobilização, tenho a certeza de que essa proposta vai para a lata do lixo”, diz Glauber Braga

Deputado conversou com Sinpro Macaé e Região e defendeu a ampliação do diálogo com a sociedade para que projeto Escola Sem Partido saia derrotado, caso volte para a pauta

O projeto Escola Sem Partido foi arquivado nesta semana, mas a articulação para eliminá-lo de vez, caso ele volte para a pauta no próximo ano, deve continuar tanto pelos deputados contrários, quanto pelos profissionais da educação e estudantes. O efeito da decisão em Brasília provocou reflexos em propostas parecidas. Em Pernambuco, por exemplo, a Assembleia Legislativa também arquivou o mesmo projeto ao apontar que ele fere a Constituição Federal, que dá o direito a ‘liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber’.

O deputado, Glauber Braga, um dos parlamentares da resistência ao Escola Sem Partido conversou com o Sinpro Macaé e Região e apontou que o arquivamento é resultado de muita luta, afinal, foram 13 tentativas de fazer com que o projeto avançasse e fosse aprovado. “Foi um diálogo foi feito com professores, profissionais de educação como um todo e estudantes, mostrando que a gente não pode abrir mão de uma educação crítica, onde a reflexão esteja presente nas unidades escolares. Foi uma vitória dessa mobilização em conjunto com um grupo de parlamentares que não aceitaram como fato consumado que a mordaça nas escolas seria aprovada”, disse, ao lembrar que a articulação contou com parlamentares de vários partidos políticos. “Essas amplitudes para resistir devem servir de modelo para outras batalhas que virão pela frente”, completou.

Reprodução/Sinpro Macáe/Liderença do PSOL

Com a formação das novas bancadas, com os novos deputados eleitos em 2018, Glauber acredita que haja tentativa de colocar o Escola Sem Partido na pauta novamente, o que exigirá, daqueles que formam a frente de resistência, um esforço ainda maior. “O que a gente tem que fazer é ampliar esse diálogo com a sociedade. Teremos que ter uma atuação muito mais forte, mas estou convencido de que quanto mais se amplia este debate, mais as pessoas não querem a criminalização dos professores; não querem a constituição de tribunais pedagógicos. Estou convencido de que os novos deputados também não vão querer, de uma hora para outra, ficarem carimbados como aqueles que quiseram a criminalização destes profissionais; a criminalização da educação”.

Desta forma, o deputado acredita que as expectativas para 2019, em relação ao combate a estas ideias contidas no projeto, é de que sejam refutadas. “Com muita mobilização eu tenho a convicção de que esta proposta vai para a lata do lixo. O que os professores precisam ter é condição de trabalho; é valorização na educação pública. É para isso que a gente tem que lutar”, finalizou.

Da Assessoria de Comunicação do Sinpro Macaé e Região

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