Sinpro Minas: Indignados, professores marcam nova assembleia para quarta-feira (24/5)

Em assembleia na quarta-feira (17/5), professores de escolas particulares de Belo Horizonte e cidades de abrangência da CCT/MG voltaram a rejeitar, por unanimidade, a proposta patronal para a campanha reivindicatória deste ano, que prevê retirar direitos da categoria.

Uma nova assembleia virtual foi marcada para a próxima quarta-feira (24/5), às 17h30, pela plataforma Zoom, com o objetivo de decidir o rumo da campanha.

Indignados com a postura dos donos de escolas, os docentes reafirmaram a pauta de reivindicações aprovada pela categoria e reivindicaram melhores salários e condições de trabalho.

Eles também aprovaram a continuidade das negociações com o patronal, desde que os direitos da categoria sejam mantidos e que o reajuste salarial seja acima da inflação.

Os empresários do setor insistem em retirar conquistas dos professores. Eles querem dividir a Convenção em duas (ensino básico e superior), reduzir o adicional por tempo de serviço de 5% para 3% e acabar com a isonomia salarial entre trabalhadores de uma mesma escola.

Para piorar, na última rodada de negociação, os donos de escolas propuseram alterar o período de férias coletivas da categoria.

Em relação ao reajuste, mantiveram a proposta de apenas 4,36%, com o agravante de que para concedê-los, os professores terão de aceitar perder seus direitos – proposta já rejeitada pela categoria em todas as assembleias.

Esse percentual ofertado pelos donos de escolas mantém congelado o salário dos professores, que estão há anos sem ganho real. Em 2020, a reposição foi de 0%. Em 2021 e 2022, o reajuste não repôs nem a perda da inflação, e a defasagem salarial já se acumula em 20,01% nesse período. Enquanto isso, o valor das mensalidades e o volume de trabalho aumentam a cada ano.

“O que os empresários do setor, representados pelo Sinepe/MG, estão fazendo é um absurdo. Foram 12 rodadas de negociação até agora, e em todas elas só apresentam propostas de retirar direitos. Um total desrespeito com os professores, que se dedicam diariamente para construir uma educação de qualidade. Por isso a categoria está tão revoltada”, criticou Valéria Morato, presidenta do Sinpro Minas.

Durante a assembleia, os docentes voltaram a relatar situações de sobrecarga de trabalho e a criticar a postura do sindicato patronal, que se recusa a valorizar a categoria. “Quero reiterar que nosso movimento é pela garantia dos nossos direitos e pela valorização profissional. Estamos aqui para fazer essa denúncia do que tem acontecido no interior das escolas, porque os pais acreditam que estão pagando altas mensalidades para ter professores valorizados, mas essa não é a realidade. Apesar dessa falta de reconhecimento e dessa postura de desprezo por parte dos donos de escolas, não desistiremos de lutar pela nossa dignidade profissional e por melhores condições de vida e trabalho”, destacou Valéria Morato.

Assembleia virtual de professores (base da CCT/MG)

Data: 24/5 – quarta-feira

Horário: 17h30

Local: Plataforma Zoom (link será divulgado em breve)

Pauta: campanha reivindicatória 2023

Do Sinpro Minas

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