Sinpro Pernambuco: Educação na luta contra o fascismo

Na manhã do dia 7 de novembro, várias mensagens veiculadas pelo whatsapp davam a notícia sobre a reprodução de um folhetim anônimo, pelos corredores do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Um texto que atacava professores(as) e estudantes da instituição, além de fazer denúncias de doutrinação ideológica e ameaça de banimento dessas pessoas do campus, logo depois que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, assumisse a chefia do poder executivo federal, em 2019.

Além da ameaça, o texto excede no ataque aos docentes e estudantes nominados pela carta, mirando na honra, na imagem e até mesmo a sexualidade dos(as) citados(as). Um show de calúnias, injúrias e difamações.

Infelizmente, temos aqui mais um episódio da cultura de ódio e inquisição imposta ao país, sobretudo no cenário pós-eleitoral. É bem lembrado que, na ultima semana, o país testemunhou a emergência de alguns movimentos ligados a partidos de direita e a ideais fascistas, que orientavam estudantes a filmarem e denunciarem os professores que estariam doutrinando o alunado na perspectiva marxista, durante o exercício docente. Um momento que iniciou em Santa Catarina, mas que não tardou para chegar em outros estados, a exemplo de Pernambuco.

Mas, felizmente, houve respostas adequadas em defesa do ensino, da educação e do professorado, principalmente por parte das entidades sindicais e do ministério publico (federal e estaduais) coibindo essas praticas de perseguição.

Ainda em relação ao fato ocorrido na UFPE, a associação dos docente da universidade, Adufepe, convocou a comunidade acadêmica para um ato em defesa à democracia. Na ocasião, os participantes organizaram um abraço simbólico no prédio do CFCH. Já a reitoria da universidade informou que abrirá sindicância interna a fim de apurar sobre a autoria da carta e solicitou investigações, por parte do Ministério Público e à Polícia Federal, sobretudo no que tange o crime de ameaça.

Mais uma vez, o Sinpro Pernambuco repudia essas práticas, reafirmando a sua defesa plena pela democracia e pelo livre exercício de uma docência sem mordaças!

Orientamos mais uma vez que, caso algum(a) professor(a) esteja sofrendo ameaças, nos colocamos à disposição, com nosso corpo jurídico, a fim de defender a integridade, a liberdade constitucional de cátedra e o direito à imagem do(a) docente.

Do Sinpro Pernambuco

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