SinproSP: Nota do sindicato a respeito do retorno das atividades escolares presenciais

Em razão da decisão do prefeito Bruno Covas de autorizar a abertura física das escolas de educação básica para atividades extracurriculares e das instituições de ensino superior a partir de 07 de outubro, o SinproSP reafirma sua posição em defesa do retorno das aulas em 2021.

No entendimento do Sindicato, os poucos meses que restam de 2020 deveriam servir para planejar a Educação dos próximos anos e preparar um retorno pleno em 2021.

O SinproSP lamenta que tenha prevalecido uma narrativa que não encontra amparo na realidade. Do ponto de vista pedagógico, que escola é essa que será aberta? O que é possível fazer em 34 dias letivos, com aulas presenciais apenas uma ou duas vezes por semana? E quanto às atividades extracurriculares? A que horas elas serão realizadas? Afinal, nos horários regulares os estudantes estarão em aulas on-line, fora da escola. E quem se responsabilizará por esses alunos?

A narrativa pelo retorno a qualquer custo também ignora que as aulas nunca deixaram de ser ministradas, desde o início da pandemia. A despeito de todos os problemas, os professores trabalharam muito nos últimos seis meses e a Educação foi garantida.

Por último, é preciso resgatar a importância dos critérios epidemiológicos que, desta vez, foram relegados a último plano. A terceira fase do inquérito sorológico indicou que apenas 9% dos alunos de escolas privadas tiveram contato com o vírus, o que indica um enorme contingente vulnerável à contaminação. Mais grave ainda: 70,3% dos alunos eram assintomáticos e 31,1%% viviam com familiares acima de 60 anos. Esses resultados são um verdadeiro cavalo de tróia que favorecerá uma segunda onda de contaminação, hipótese que foi inclusive mencionada pelo prefeito Bruno Covas.

E vale lembrar que na cidade de São Paulo há quase três mil escolas particulares, um vasto universo que está longe de ser homogêneo e de ter as mesmas condições materiais para garantir a saúde dos estudantes e dos trabalhadores em Educação.

Do SinproSP

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