Sintep/Serra: Trabalhadores e estudantes foram às ruas do Brasil defender a aposentadoria e a educação

No dia 14 de junho, trabalhadores e trabalhadoras do país inteiro se mobilizaram para protestar em defesa da aposentadoria e da educação. Em Caxias do Sul, a Greve Geral iniciou cedo, com bloqueio em pontos estratégicos da cidade. Em seguida, os manifestantes foram para a praça, onde foram realizados atos públicos no fim da manhã e no fim da tarde, com a circulação de mais de 5 mil pessoas. Teve música, falas, caminhada e coleta de mais de 800 assinaturas para o abaixo-assinado contra a reforma da Previdência. Chamou a atenção a grande quantidade de jovens, que também usaram a palavra para questionar os cortes na educação.

Os integrantes do Sintep/Serra participaram das atividades. Conforme Ademar Sagarbossa, diretor de Administração e Assuntos Intersindicais: “A reforma da Previdência do governo Bolsonaro quer acabar com o sonho de futuro de muita gente. Não vamos aceitar!”. Ele fez o alerta no caminhão de som que centralizava os atos na praça. Em entrevista para o jornal Pioneiro, Omar Fim, diretor de Finanças, destacou: “É um somatório com outros sindicatos para não passar essa reforma da Previdência, porque ela só vem para prejudicar todos os trabalhadores, não traz benefício para ninguém”.

A Greve Geral foi anunciada ainda no Dia do Trabalhador e desde lá os sindicatos e movimentos sociais vêm trabalhando pela conscientização da comunidade. O Sintep/Serra distribuiu materiais explicativos sobre a reforma da Previdência nas instituições de ensino, enviou uma carta para as direções informando sobre a greve e convocou os técnicos e administrativos para a mobilização.

NO PAÍS INTEIRO

Em entrevista ao site UOL, o diretor técnico do Dieese, (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos) Clemente Ganz Lúcio, avaliou que a greve foi forte, mas três aspectos impactaram a mobilização: o governo ainda está no início, o desemprego impediu que as pessoas participassem mais e a fragilização dos sindicatos, desde a reforma trabalhista, prejudicou a divulgação.

Apesar dessas dificuldades, no país foram cerca de 45 milhões de pessoas mobilizadas, com atos nas capitais e em 375 cidades, conforme mostra o mapa interativo. A Greve Geral de 14 de junho ficará na história como a continuidade de uma sucessão de manifestações em protesto a medidas do governo, um processo que tende a se estender pelo futuro próximo, caso os ataques aos direitos persistam.

Para quem questiona o resultado, o Sintep/Serra lembra que os movimentos realizados as partir de 2017 impediram que o presidente Michel Temer aprovasse a nociva reforma da Previdência que pretendia. Este ano, a mobilização popular está adiando a votação da PEC 06/2109 e levou a uma mudança na proposta, com a retirada de muitos pontos polêmicos no último relatório apresentado no Congresso. Ainda assim, a proposta de reforma da Previdência prejudica os trabalhadores e está tudo em aberto, os pontos retirados podem ser incluídos na votação final. O Sintep/Serra permanecerá em alerta.

Do Sintep/Serra

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