Já estão disponíveis as aulas do curso remoto de formação “Educação do Brasil na atualidade”
Para quem não pôde participar ou perdeu alguma aula, já estão disponíveis, aqui no Portal da Contee e no canal da TV Contee no YouTube, os vídeos com as aulas ministradas durante o curso remoto de formação “Educação do Brasil na atualidade”, realizado pela Contee nos últimos dias 18, 19, 25 e 26 de setembro, em parceria com o Centro Nacional de Estudos Sindicais e do Trabalho (CES) e com a Secretaria Nacional de Formação da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
O curso abordou temas importantes para a luta atual, incluindo “Conjuntura política” (com Altamiro Borges e Marcio Pochmann), “Educação a distância e trabalho remoto” (com Sérgio Amadeu), “Educação presencial: aspectos psicológicos, relações sociais de alunos(as), professores(as), técnicos(as), família” (com Nereide Saviani)” e “Novos desafios colocados aos(às) trabalhadores(as) em instituições privadas de ensino relacionados aos direitos trabalhistas e à organização sindical” (com José Geraldo de Santana Oliveira e Ricardo Gebrim).
“Nesse momento de grandes retrocessos e de ataque à democracia e aos movimentos sociais e sindical, a formação sindical, que sempre foi importante, assume agora prioridade. Precisamos compreender os novos elementos que compõem a realidade social, política e econômica, as particularidades do mundo do trabalho e os novos desafios para a educação”, destacou a coordenadora-geral em exercício da Contee, Madalena Guasco Peixoto. “A formação nos proporciona isso, uma compreensão aprofundada para melhor atuarmos no sentido de reverter a atual correlação de forças prejudicial aos trabalhadores e trabalhadoras. Nosso curso, realizado em parceria com o CES e a Secretaria Nacional de Formação da CUT, cumpriu esse papel.”
A coordenadora da Secretaria de Formação da Contee, Guilhermina Luzia da Rocha, também ressaltou a importância da formação sindical para o enfrentamento do projeto político em curso desde o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, em 2016. “A gente passa por uma conjuntura muito difícil, que não ocorre somente agora. Desde o golpe de 2016, os movimentos sindicais e sociais têm sido ainda e cada vez mais atacados. E, a partir do ataque representado pela reforma trabalhista de 2017, intensificou-se a necessidade de os sindicatos emergirem e se reapresentarem”, observou Guilhermina.
“A formação é um tema imprescindível, tanto para aquisição de conhecimento e para reflexão das práticas, quanto para fortalecer o sindicato junto à sua categoria. Não é uma ação apenas interna, mas, a partir da atuação dos sindicatos junto às bases, motivadas por essas discussões, envolve outros sujeitos dentro desse processo histórico. Tampouco a formação é apenas um apêndice, mas um processo permanente.”
Segundo Guilhermina, o curso — que, através da estrutura virtual, também permitiu a exploração de novas ferramentas e experiências — mostrou que a Contee tem disposição e disponibilidade política para traçar junto, às suas filiadas, um espaço fundamental de construção de conhecimento. “A Contee foi uma das primeiras entidades nacionais a, neste momento, produzir um curso de formação com temas que estão na ordem do dia. Temos objetivos hoje para nossa resistência ao cenário perverso em que estamos vivendo e um deles é fazer com que essa iniciativa se multiplique. A disponibilidade da Confederação passa por contribuir para que nossos sindicatos construam também seus espaços de formação, com o surgimento de novas lideranças, a fim de que tenhamos condições de mudar esse quadro.”
A coordenadora da Secretaria de Formação da Contee enfatizou ainda a importância de ser ter parceiros — como CES, CUT e os professores que toparam a empreitada — dispostos ao diálogo e à luta. Professores que aliás, como faz questão frisar, “vêm não só como palestrantes, mas também na condição de militantes”. “São parceiros, no meio acadêmico, que produzem, pensam e podem nos auxiliar a pensar junto. Temos que ser capazes de construir nossas unidades, que envolvam todos os sujeitos dentro do processo histórico: nossa categoria, nossos dirigentes, a academia, outros sindicatos… A rede não pode ser fragmentada pelo corporativismo. Ou a gente age ou a gente morre.”
Assista às aulas que integraram o curso remoto de formação “Educação do Brasil na atualidade”:
Por Táscia Souza