Rumo ao 2° turno e à nova fase do teste da vacina antifascismo
As pesquisas para enfrentamento à Covid-19 têm nos feito ficar mais atentos às fases de ensaio clínico necessárias para a disponibilização de uma vacina. A fase 1, segundo os cientistas, é o primeiro estudo a ser realizado com pessoas e tem por objetivo principal demonstrar a segurança. A fase 2 tem por objetivo estabelecer a chamada imunogenicidade, ou seja, a capacidade de se provocar no organismo uma resposta imune, como o desenvolvimento de anticorpos. E a fase 3 é a demonstração da eficácia de todo esse processo.
Enquanto a ciência segue trabalhando incansavelmente na busca pela imunização contra o coronavírus, ontem, 15 de novembro, Dia da Proclamação da República e também do primeiro turno das eleições municipais de 2020, espalhou-se nas redes sociais o prognóstico de que esta seria uma prova contra outro mal que nos aflige: o primeiro teste da vacina antibolsonaro.
Não é apenas um meme, mas uma constatação. Conforme análise preliminar feita pela coordenadora-geral em exercício da Contee, Madalena Guasco Peixoto, três observações podem ser feitas. “A primeira é que a direita fascista e autoritária, apesar de ter conseguido algumas cadeiras e representação nas prefeituras, teve uma derrota imensa nas urnas. A segunda é que a população mostrou que candidatos que não negaram a ciência e se mobilizaram para impedir a propagação do vírus tiveram melhor resposta. E a terceira é que a propagação do apolítico perdeu força neste pleito”, considerou.
Como nos ensaios clínicos, o processo político para derrotar o fascismo e o ultraliberalismo também demanda continuidade e união dos esforços. A próxima fase dessa vacina metafórica é o teste do segundo turno, no dia 29 de novembro. Por isso, a Contee reitera o posicionamento de que temos o desafio e a responsabilidade de eleger representantes comprometidos com a saúde, a educação e a segurança públicas, com a geração de emprego e renda dignos, com a assistência social, com o meio ambiente, com a inclusão, com a igualdade de direitos, com o respeito à diversidade. É preciso ainda destacar que se faz ainda mais fundamental agora a unidade das forças progressistas em torno das candidaturas que de fato estejam alinhadas com a luta nacional contra o projeto fascista e ultraliberal e em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras, da educação, da democracia, da vida.
Por Táscia Souza