Tragédia se abate sobre povo Yanomani; Contee se solidariza
Instituições governamentais devem atuar com seriedade e comprometimento para que a Terra Indígena Yanomami e a comunidade sejam protegidas e preservadas
Com o impedimento da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, e 2 anos depois, em 2018, a eleição de Bolsonaro, o Brasil deu grande “salto para trás”. Os problemas que afetam os povos originários, no caso os Yanomami, demonstram como o atual governo está descomprometido com os avanços na proteção desses povos.
Desnutrição infantil, garimpo e covid-19 são alguns dos problemas que precisam ser denunciados mundialmente para conter estes problemas que podem extinguir essa etnia indígena.
A desnutrição infantil, denunciada pela grande mídia, evidencia a grave situação que assola a Terra Indígena Yanomami, a maior reserva do Brasil e que completou 29 anos de homologação como reserva em maio desde ano.
Garimpo ilegal de ouro
A chaga da desnutrição está diretamente ligada a outro problema na região: o garimpo ilegal de ouro. A extração do minério com mercúrio contamina os rios, que mata animais e impacta a disponibilidade de alimentos.
Os garimpeiros são ainda responsáveis por constantes ataques armados às comunidades na disputa por território, que causa terror na população local. Há, inclusive, relatos de crianças que se afogaram ao tentar fugir dos invasores.
Covid-19
A presença disseminada de garimpeiros ilegais (o número estimado é de 20 mil, ante pouco mais de 28 mil indígenas que vivem na reserva) tem ainda outro malefício: a transmissão de doenças, entre essas, a covid-19.
Diante desse quadro, a Contee se solidariza com a comunidade Indígena Yanomami, denuncia o governo Bolsonaro pela negligência no tratamento do problema, que é muito grave, e exige medidas drásticas por parte das instituições governamentais para preservar esse povo originário.
Brasília, 26 de novembro de 2021.
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino – Contee
Foto Home: Sam Valadi/Wikimedia Commons