Sinpro Campinas e Região: Os educadores progressistas
Os educadores progressistas de nosso país terão uma pesada missão em 2023: resistir e continuar enfrentando as monstruosidades despertadas pelo governo de extrema-direita do presidente derrotado nas urnas neste ano. Racismo, misoginia, homofobia, ódio às diferenças, fundamentalismo religioso, glorificação da estupidez (o não querer saber, não desejar aprender), a mentira institucionalizada, o assédio “moralizante” que ganhou força dentro das salas de aula, perseguição e ataques a professores e professoras… Este é o saldo da reunião de forças retrógradas (e não poucas vezes criminosas) a serviço de setores e ideologias para as quais a Educação é muita coisa, mas nunca um espaço de debate, vida, conhecimento crítico, dúvida.
Sob a mão da necropolítica (que escolhe quem deve viver e quem merece morrer) e do obscurantismo, a maré de desinformação, extremismo e morte obviamente não deixou de atingir a sala de aula, e é dever ético resistir com todas as forças a essas águas apodrecidas, que julgam ser o moralismo, o medo e a disciplina militarizada a solução para questões profundas e complexas da Educação brasileira. Assustadoramente, pretendem com isso curar o corpo não com um remédio, mas com um veneno!
O Sinpro Campinas põe-se desde sempre na luta por uma Educação emancipadora, democrática, crítica e criadora. O sindicato combate e combaterá sem trégua toda ideologia, propostas e movimentos que tragam consigo a discriminação, a censura, o ódio e a desinformação. Nas fileiras da democracia não cabem forças que apelam para o extremismo autoritário – e é pela democracia que lutamos.
Que a democracia reine soberana nas salas de aula, nas escolas, nas universidades, em todo espaço de aprendizagem, resultado da luta de todos os que acreditamos na humanização da Educação, na vida em múltiplas potencialidades e na potência da vida!
Alexsandro Sgobin é professor e diretor do Sinpro Campinas