8 de Março: Uma luta permanente por direitos, igualdade e respeito

Por Margot Andras*

O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, é uma data de extrema importância histórica e social, que vai muito além de presentes ou flores. Ele simboliza a luta das mulheres por direitos, igualdade e melhores condições de trabalho. Apesar de muitas conquistas ao longo dos anos, ainda há muitos desafios a serem superados, especialmente em relação à desigualdade de gênero, à violência contra as mulheres e à invisibilização feminina em diversos setores da sociedade.

A oficialização da data pela ONU em 1975 foi um marco importante, mas a luta das mulheres já vinha de décadas, com greves, protestos e manifestações que buscavam reconhecimento e direitos básicos. Hoje, ainda enfrentamos problemas como a dupla ou tripla jornada de trabalho, a diferença salarial entre homens e mulheres, a falta de infraestrutura adequada (como creches para mães trabalhadoras) e o alarmante número de feminicídios.

A pandemia de COVID-19 trouxe à tona a importância de muitas mulheres cientistas e pesquisadoras, que antes estavam à sombra, mas cujas contribuições foram fundamentais no combate à crise sanitária. Isso evidenciou a necessidade de maior reconhecimento e valorização das mulheres na ciência e em outras áreas, como as artes. O caso de Fernanda Torres e o filme “Ainda Estamos Aqui” é um exemplo de como o reconhecimento das mulheres na arte ainda gera polêmica e resistência, refletindo os preconceitos estruturais que persistem.

A educação e a escola desempenham um papel crucial nessa “revolução” pela equidade de gênero. É através da educação que podemos desconstruir estereótipos, promover a reflexão crítica e fomentar uma cultura de respeito e igualdade. Homens e mulheres precisam trabalhar juntos para desvendar e combater esses preconceitos, tanto estruturais quanto institucionais, para que possamos construir uma sociedade verdadeiramente justa e equitativa.

O Dia Internacional da Mulher deve ser um momento de reflexão, conscientização e ação, lembrando que a luta por direitos e igualdade ainda não acabou. É uma data para celebrar as conquistas, mas também para reconhecer os desafios que ainda precisam ser superados.

*Margot Andras é Coordenadora da Secretaria de Defesa das Diversidades, Direitos Humanos e Respeito às Etnias e Combate ao Racismo da Contee

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo