Vergonha! Demissões na Anhanguera já superam 1.100 professores
Levantamento preliminar entre oito sindicatos de professores (São Paulo, ABC, Campinas, Sorocaba, Bauru, Guarulhos e Taubaté) mostrou que a Anhanguera demitiu em dezembro 1.121 professores, 30% do corpo docente. O número tende a ser ainda maior, mas é preciso aguardar informações de outros sindicatos.
A amostra abrange tanto as Faculdades Anhaguera como outras instituições que foram compradas pelo grupo, como a Uniban, UniABC e Senador Flaquer.
Mesmo a quilômetros de distância, as denúncias dos professores que chegam aos sindicatos são muito semelhantes. A mais frequente é que a Anhanguera priorizou a demissão de mestres e doutores (entre 70% a 80% dos dispensados). Eles devem ser parcialmente substituídos por especialistas, com salários mais baixos.
Uma outra denúncia freqüente foi que a Anhanguera teria se valido da qualificação do corpo docente para obter o recredenciamento de muitos cursos no MEC para em seguida fazer a degola.
Nesse caso, a avaliação do curso foi feita com base em um corpo docente que não existe mais. Ora, se o MEC leva a sério o seu trabalho como órgão regulador e fiscalizador, deve cotejar a lista de professores informada pela IES e a relação dos demitidos. E, de acordo com os resultados, tomar as devidas providências.
Aliás, essa manipulação poderia ser facilmente evitada se o MEC exigisse semestralmente a lista dos professores contratados, em todas as instituições de ensino.
Uma terceira denúncia é que haverá redução da carga horária presencial (três horas de aula por dia, exceto sexta-feira, porque ninguém é de ferro!), o que reduziria significativamente as “despesas”. Aqui, a “reestruturação” estaria limitada apenas às unidades que foram compradas, já que esse é o padrão adotado nas Faculdades Anhanguera.
Made in Anhanguera
A demissão em massa é uma política institucionalizada do grupo econômico Anhanguera Educacional e não uma “reestruturação” das instituições recém-adquiridas, haja vista o corte de 107 dos 300 professores da Faculdade Anhanguera de Sorocaba.
Também não se trata de um problema exclusivo do estado de São Paulo. Na internet, é possível encontrar uma petição eletrônica de alunos de Campo Grande (MS), protestando contra a demissão dos mestres e doutores.
No dia 19, foi a vez dos alunos da Faculdade Anhanguera do município de Rio Grande (RS) protestarem contra a demissão dos professores para redução de custos.
A Anhanguera opera em oito estados e no Distrito Federal. Criada em 2003, foi uma das primeiras a abrir seu capital e adotou uma política agressiva de aquisição de outras instituições. Nos últimos tempos, fez da região metropolitana de São Paulo um alvo preferencial. Com a compra de cinco instituições, obteve o monopólio das IES privadas em São Bernardo do Campo.
Com essa enorme expansão, o modelo anhangueriano – escola sem professor e sem aula, mas lotada de alunos – pode virar referência do ensino superior privado em todo o Brasil.
Fonte: FEPESP
Estou crendo nós, alunos estamos fritos,sou aluno da Uniban SBCampo, indo pro 3ºano e perdido em meia a tanta bagunça. Que eles iriam demitir professores isso já era sabido, mas tanto assim, ai já é demais. Pior é que “pegam” professores especialistas “nalguma coisa” e os alunos que se danem.
E sem contar que estão enchendo o meu celular de mensagem vinda de uns quatro telefones diferentes de código que nem sei de onde é dizendo que tenho até dia 20 prá pagar uma coisa que já paguei a tempos, já fui na unidade reclamar e nada, e para piorar, devido a “reestruturação” do site, misteriosamente retornaram do limbo boletos de agosto até janeiro[este ultimo a rematricula] para eu pagar novamente.