Michel Temer aumenta pressão por reforma da Previdência
NATÁLIA RANGEL
Depois de levar um verdadeiro puxão de orelha de executivo do Bradesco, em Davos, na Suíça, Michel Temer endurece o discurso pela aprovação da reforma da Previdência. Governo quer votar a proposta na Câmara Federal dia 19 de fevereiro. Objetivo é acabar com a aposentadoria de milhões de brasileiros o quanto antes.
Para chegar aos 308 votos necessários para aprovação na Casa, o presidente ilegítimo conta com o dinheiro público. Temer anunciou ter R$ 30 bilhões para comprar os deputados. Paralelamente, a grande mídia faz o trabalho de convencimento da população, com o falso déficit da Previdência Social.
Segundo as notícias, o rombo no ano passado chegou a R$ 268,8 bilhões. Mas, os jornais escondem que a dívida das grandes empresas com a Previdência é de R$ 426 bilhões. Cifra mais do que o suficiente para cobrir o saldo negativo. Diante do cenário, é fundamental fazer um trabalho de esclarecimento junto à população, para que seja de conhecimento geral o que realmente está por trás da reforma.
A proposta ataca diretamente a aposentadoria do trabalhador, pois aumenta a idade mínima para requerer o benefício – 65 anos homens e 62 anos mulheres – e também o tempo mínimo de contribuição, que passa para 25 anos.
Somente os bancos ganham com a medida. Isso porque, com a impossibilidade de se aposentar pelo INSS, os brasileiros vão recorrer à previdência privada, oferecida pelas organizações financeiras. Daí a bronca do Bradesco.