Trabalhadores/as em educação junto aos milhões que disseram #EleNão
Trabalhadores e trabalhadoras da educação estiveram nas ruas de todo o Brasil no último sábado (29), junto às milhões de pessoas que disseram NÃO ao projeto fascista representado pela candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência. Diretores e diretoras da Contee e das entidades de filiadas participaram dos atos realizados em suas cidades, representando a resistência dos educadores contra um projeto nefasto que nega o papel da educação como promotora de igualdade e cidadania. A manifestações foram convocadas a partir da mobilização do movimento de Mulheres Unidas contra Bolsonaro na redes sociais, cujo grupo no Facebook reúne quase 4 milhões de mulheres.
O mote #EleNão, que marcou o movimento do último sábado, significa, para quem trabalha diariamente no interior das escolas e das instituições de ensino superior, dizer NÃO a um candidato que defende a perseguição, a censura e a criminalização do magistério;
NÃO a um candidato que manifesta desprezo por negros e indígenas e se coloca contra às ações afirmativas de combate ao racismo, inclusive no ambiente escolar;
NÃO a um candidato que prega o rebaixamento da mulher no mercado de trabalho, ganhando menos do que os homens, algo absolutamente incompatível com a luta de uma categoria, como a representada pela Contee e suas entidades de base, em que as mulheres são ampla maioria;
NÃO a um candidato que propaga a homofobia e a transfobia;
NÃO a um candidato que propõe ensino a distância na educação básica, algo extremamente prejudicial ao desenvolvimento da criança e do adolescente, como forma de impedir uma suposta “doutrinação comunista”;
NÃO a um candidato que diz que não investirá no fortalecimento da educação pública, gratuita, laica, democrática, inclusiva e de qualidade socialmente referenciada;
NÃO a um candidato que se posiciona simpaticamente a um governo autoritário, como foi a ditadura de 19964 a 1985, que contribuiu para o desmanche da escola pública no país;
NÃO a um candidato que se coloca publicamente a favor da violência, da tortura e do assassinato, passando por cima da Constituição e de todos os tratados internacionais pró-direitos humanos dos quais o Brasil é signatário;
NÃO a um candidato que pretende resolver os problemas da segurança pública no Brasil — sem ter feito nada por isso ao longo dos quase 30 anos como deputado — na bala, sem quaisquer investimentos em educação, distribuição de renda e políticas sociais.
No último sábado, as ruas disseram: #EleNão. As mulheres disseram: #EleNão. O movimento LGBTT disse: #EleNão. O movimento negro disse: #EleNão. Os educadores e educadoras disseram: #EleNão. A Contee e suas entidades filiadas disseram: #EleNão. E dirão novamente nas urnas.
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Por Táscia Souza