#30M: Tsunami pela educação inundou o país
O tsunami pela educação inundou mais uma vez as ruas e praças de todo o Brasil nesta quinta-feira, 30 de maio. A Contee, uma das entidades organizadoras da Greve Nacional da Educação, realizada no último 15 de maio, desta vez também apoiou e endossou a mobilização convocada pelo movimento estudantil — União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG) — contra o corte de verbas nas instituições de ensino federais. Os atos desta quinta também foram um aquecimento para a greve geral da classe trabalhadora contra a reforma da Previdência, que vai parar o país no próximo dia 14 de junho.
O coordenador-geral da Contee, Gilson Reis, acompanhou o protesto em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, onde se reuniram cerca de 200 mil pessoas. “O que destaco nessa manifestação de hoje é a presença maciça de jovens, de todas as idades, mesclados com professores e professoras do Brasil, misturados também com outros trabalhadores. Então, é aquela velha insígnia: juntou educação com o peão, com o operário, com o trabalhador. Foi muito lindo”, enfatizou.
Apesar dos ataques perversos do governo à educação e aos trabalhadores, Gilson fez questão de salientar o aspecto positivo da disposição de estar na rua, em luta. “Ressalto a alegria estampada no rosto das pessoas, como se voltasse a alegria de lutar, a alegria de viver, a alegria de resistir, a alegria de ver o outro do seu lado, aquele ‘vamos dar as mãos’”, observou. “Foi um dia radiante, um dia inesquecível, um dia para a gente dizer que é possível e necessário continuar na luta com e pelo nosso povo, resistindo a essa selvageria que é o governo Bolsonaro e construindo uma sociedade muito mais forte, com capacidade de reivindicar e defender seus direitos e sua dignidade.”
Segundo a UNE, o tsunami pela educação levou mais de 1,8 milhões de pessoas às ruas nos 26 estados e Distrito Federal, além de outros dez países. Veja os números nas capitais:
Aracaju – 30 mil
Belém – 40 mil
Belo Horizonte – 200 mil
Boa Vista – 5 mil
Brasília – 20 mil
Campo Grande – 15 mil
Cuiabá – 10 mil
Curitiba – 20 mil
Florianópolis – 20 mil
Fortaleza – 100 mil
Goiânia – 30 mil
João Pessoa – 15 mil
Macapá – 15 mil
Maceió – 10 mil
Manaus – 20 mil
Natal – 25 mil
Palmas – 10 mil
Porto Alegre – 20 mil
Porto Velho – 7 mil
Recife – 100 mil
Rio Branco – 10 mil
Rio de Janeiro – 100 mil
Salvador – 70 mil
São Luiz – 30 mil
São Paulo – 300 mil
Teresina – 10 mil
Vitória – 15 mil
Por Táscia Souza, com informações da UNE