“Candidatura de Lula tem que ser de união nacional”, defende Randolfe
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que a campanha de Lula terá que ser mais ampla, unindo todos os democratas, para derrotar Bolsonaro.
Para Randolfe Rodrigues, a candidatura de Lula não deve ser “da esquerda, mas sim uma candidatura da união nacional”.
“Se a esquerda, os progressistas, os democratas, os republicanos e liberais não se esquecem dos rancores que os dividiram no passado e não compreendem que têm um papel imediato em combater essa estratégia, Bolsonaro vai ser reeleito”, adverte Randolfe, que faz parte da coordenação de campanha de Lula.
Em entrevista ao portal Metrópoles, explicou que “a campanha de Lula, e faço uma autocrítica porque estou nela, tem que ir para a rua, chamar toda a sociedade para conversar”.
“Conversar com os sem-terra e com o agronegócio. Com o bancário, e com banqueiros. Conversar com os Rincões da Amazônia e com a Zona Sul do Rio de Janeiro. Tem que caminhar pelo Nordeste, mas também pelo Sul. Conversar com o chão de fábrica e com Faria Lima. Tem que conversar com a mídia alternativa, mas também com a Globo e Record”.
O senador um apelo para que “quem é de direita, quem é democrata, quem é social democrata, renuncie às diferenças para daqui a quatro anos”.
“Os democratas devem esquecer os rancores do passado. O ano de 2018 foi a eleição da antipolítica. Chegou a hora de fazer a boa política na melhor expressão do termo”, continua.
“Se prevalecerem rancores ou purismos nesses momentos, terminaremos no ostracismo ou na prisão, nunca na conquista do poder político. Se democratas, liberais e setores da esquerda não compreendem isso e não construirem alianças, eu temo que será difícil impedir o Bolsonaro, porque ele não existe por si só, ele é o representante de um movimento, do bolsonarismo”.
Randolfe Rodrigues parou com o movimento pelas profecias, no final da ditadura.
“No palanque das Diretas Já, em 1984, em que o próprio Lula participou, estava Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, Brizola, Mário Covas, mas estava lá também a dissidência do PDS. É esse o palanque que agora precisamos e precisamos de um comando que represente essa pluralidade. Se o comando não for para o campo com essa pluralidade, ninguém está entendendo o que estamos vivendo. É chegado o momento de ser chamada a responsabilidade de todos, de todos”.