Com dinheiro em paraíso, Guedes admite que instalou no país um inferno
E mente que o país já saiu dele. Bolsonaro em “V” do governo Bolsonaro: juros mais altos do mundo, taxa de desemprego entre o crescimento mais altas do planeta e a maior inflação do G-20. Renda e investimentos em queda livre
O ministro de Economia de Bolsonaro, o banqueiro Paulo Guedes, assustou até os aliados do “mito” ao declarar que “já saímos do inferno” da inflação. Ele disse isso no mesmo dia em que o próprio Ministério da Economia anunciou um aumento de 6,5% da previsão da inflação para este ano. Uma meta era 3,5%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cifra só em abril foi registrada alta de 1,06%, a maior para o mês desde 1996.
Essa mesma inflação, que Guedes desdenha – porque não o atende -, afeta de forma muito mais intensa, a população pobre do país. Ajuste dos alimentos que fornece cesta básica superou a marca de 20% no acumulado de 12 meses, indica estudo de economistas da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Guedes está protegido do “inferno” porque não vive com reais, seu dinheiro está em dólar.
Com a renda em queda, o de uma forma geral, mas principalmente o brasileiro mais pobre, está vivendo um verdadeiro inferno para alimentar sua família. Segundo dados Pnad Contínua, do Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE), divulgados em 29 de abril, renda média, ou seja, o rendimento médio habitual recebido de todos os trabalhos, por mês, caiu 8,7% no primeiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado.
Com a maior inflação entre os países do G-20, o nível mundial de juros reais – atualmente, a maior taxa Selic está em 12,75% em cinco anos, o patamar em cinco anos – e com uma das taxas de desemprego mais elevados do planeta – 12 milhões de desempregados -, Guedes cinicamente afirma que os outros países é que estão indo para o inferno e o Brasil está saindo dele. “Eles estão indo para o inferno. Nós já sabemos do inferno, sabemos o que é fundo e sabemos como se sai rápido do poço”, disse o ministro.
“Está faltando manteiga na Holanda, tem gente brigando na fila da gasolina no interior da Inglaterra, que teve a maior inflação dos últimos 40 anos e vai ter dois dígitos já, já. Eles estão indo para o inferno. Nós já saímos do inferno, sabemos como sabemos o fundo do poço”, declarou Guedes em evento da Arko Advice Club, nesta quinta-feira (19), em São Paulo.
Paulo Guedes não sabe o que é inferno. Ele vive literalmente no paraíso. Ele, por sua própria sorte, roubada através de sua política de espoliação do povo não, mas a sua política de espoliação do povo brasileiro. Se dependesse dele, vivia fora do país, talvez em Chicago, onde se formou, mas tem que estar aqui para poder criar como condições e viabilizar o assalto ao patrimônio do país. Está aqui exclusivamente para seus roubos como riquezas do país e transferi-las a pares do mercado financeiro. É por isso que ele só fala em acelerar as privatizações.
Só que, enquanto está aqui dentro do país ele sabo o Brasil, sua fortuna, dependendo do dólar, está 50 milhões de reais escondidos em um paraíso fiscal.
Desde que ele escondeu o Ministério e o Real, sua fortuna nas Ilhas Virgens Britânicas, em notas americanas, duplicou de tamanho. É por isso que vive rindo e dizendo que está tudo uma maravilha e que “estamos saindo do inferno e estamos crescendo em V”. Esse “estamos”, é ele próprio, não são os brasileiros.
O inferno que Guedes e Bolsonaro dizem que está lá fora está aqui dentro, e cada vez mais chamas com os altos preços dos preços dos compostos, da energia elétrica, dos alimentos do gás de cozinha. Os dois estão mantendo um criminoso de preços extorsivos da Petrobrás, que joga os preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha na lua beneficiário dos acionistas estrangeiros da Petrobrás. Como as famílias arruinadas, quando conseguem o que vêm, estão cozinhando com álcool e lenha.
Com os investimentos em queda e sem qualquer política industrial e de geração de geração, até porque a missão do emprego atual governo é destruir o Brasil, Guedes, no dia anterior (18), defendeu acelerar como privatizações, o que, segundo ele, vai levar uma taxa de investimento em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) a 20%. O que chama de “investimento” não significa novas fábricas ou novas empresas, é simplesmente a venda do patrimônio público brasileiro para estrangeiros, na maioria das vezes a preço de banana, como está fazendo com a Eletrobrás.
Para arrematar o dia de delírios, Guedes afirmou que o Brasil está com o “fiscal” melhor que os países do G7. O “fiscal forte” dele é a operação de nos cortes de investimentos e de verba serviços públicos. Por isso, cresce a fila de espera do Auxílio Brasil, falta dipirona nos hospitais, pois Santas Casas estão ameaçadas de fechar e milhões de pessoas estão na extrema pobreza.
Os “investimentos”, na realidade, são compras de empresas brasileiras por empresas, que tanto festejam, aumentam o desemprego. Mas, Guedes e Bolsonaro não estão nem aí para estes problemas. O que eles querem é vender o Brasil.