Sinpro Pernambuco move ação contra o Colégio São Luís

O Sindicato dos Professores de Pernambuco acusa o Colégio São Luís, no Recife, de práticas antissindicais. O Sinpro procurou o Ministério Público do Trabalho da 6ª Região para denunciar que a instituição está compelindo os professores a retornarem da greve nesta terça-feira (11).

O caso foi entregue ao departamento jurídico do Sindicato. De acordo com a advogada Drª Mercia Carvalho, além de divulgar o retorno das aulas antes do fim da greve, pelo site marista.edu.br, a instituição enviou mensagem de texto para os professores, ordenando que os mesmos retornassem as salas de aulas, sob ameaça de demissão  e desconto de salários e ainda está comunicando aos pais de alunos que amanhã (11) haverá aula normalmente.

“A prática de coação e violação ao direito de greve são claras. Ela fere o 5° artigo da constituição Federal, além do artigo 98 da OIT. A greve não foi considerada ilegal, ela obedece aos trâmites legais. Estamos ajuizando uma ação coletiva de danos morais contra a instituição”, afirmou, Mércia Carvalho.

O direito de greve não é assegurado quando há desrespeito aos direitos básicos dos docentes e quando não se consegue um acordo das negociações com os patrões. A greve está sem previsão de término. Amanhã haverá uma nova rodada de negociação, às 15h, na Delegacia Regional do Trabalho.

“O Colégio São Luís, que tem mais 100 anos, está  assediando moralmente os professores. Em um único dia a instituição conseguiu desfazer todo seu legado histórico de construção da educação em Pernambuco. A prática que o São Luís estabelece é de perseguição aos professores, que têm o direito legítimo de participar do movimento grevista, por melhores condições de trabalho e valorização profissional”, afirmou o coordenador-geral do Sinpro Pernambuco, Jackson Bezerra

CARTA ABERTA DOS PROFESSORES DA REDE PRIVADA, EM GREVE, AOS PERNAMBUCANOS

O Sinpro Pernambuco vem publicamente manifestar, perante a sociedade pernambucana, toda a sua indignação e repúdio à prática opressiva e aviltante de algumas escolas como São Bento, São Luís Marista e outras, para com seus professores, que utilizando do seu direito constitucional, decidiram cruzar os braços num corajoso movimento grevista.

Como entidade classista não compreendemos que, em pleno século XXI, escolas como estas apresentem-se à sociedade como paladinas da construção da cidadania, mas, na prática, impedem os professores de lutar pelos seus direitos.

Companheiros professores, mesmo que a opressão os tenha forçado a voltar à sala de aula, estaremos vigilantes na proteção dos seus direitos. Jamais os abandonaremos, sentimos na nossa pele seu drama. Pois não somos irresponsáveis, somos irmãos, somos companheiros.

Do Sinpro Pernambuco

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