Lula anuncia “grande projeto de infraestrutura” a empresários da construção civil

O ex-presidente criticou gestores que se gabam de ter dinheiro em caixa. “Dinheiro em caixa não é bom. “Dinheiro bom é dinheiro em obra e em investimento, é dinheiro rendendo trabalho, rendendo salário e rendendo desenvolvimento”

O ex-presidente Lula se reuniu no começo da noite desta terça-feira (23) com lideranças de entidades da construção civil em São Paulo e garantiu que se vencer a eleição um grande projeto de infraestrutura será implantado no país.

Estavam presentes José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC); Yorki Estefan, vice-presidente do Sinduscon-SP; Romeu Chap, ex-presidente do Secovi-SP, e José Romeu Ferraz Neto – presidente da Fiabci – Brasil Federação Internacional Imobiliária.

Lula destacou que o documento que foi apresentado pelos empresários “não trata apenas da construção de moradias. É um documento que propõe medidas para a retomada do desenvolvimento”. “Podem ter certeza que se nós ganharmos as eleições, vocês vão comemorar conosco a retomada do crescimento, do desenvolvimento, da distribuição de renda e da melhoria de vida do povo brasileiro”, acrescentou.

“Vamos apresentar um grande programa de infraestrutura já no mês de janeiro e a retomada do Minha Casa Minha Vida. Temos também muitas obras que foram paradas quando o PAC deixou de ser alimentado como um programa estratégico. Nós vamos retomar todas as obras que tiverem condição de serem retomadas. A geração de empregos para mim é uma obsessão”, disse Lula.

O ex-presidente criticou gestores que se gabam de ter dinheiro em caixa. “Dinheiro em caixa não é bom. Dinheiro bom é dinheiro em obra e em investimento, é dinheiro rendendo trabalho, rendendo salário e rendendo desenvolvimento”. “Não há problema em endividamento quando o dinheiro vai ser investido em projetos que trarão retorno para a sociedade”, apontou o candidato a presidente da Frente Brasil da Esperança.

“A partir de 1º de janeiro, então, a primeira coisa que quero dizer a vocês é que o Minha Casa Minha Vida vai Voltar a ser um programa de governo, e a gente sabe da necessidade de adequar a taxa de juros à necessidade de sobrevivência de quem quer fazer investimento”, disse Lula após receber de Rodrigo Luna, presidente do Secovi-SP, documento com prioridades do setor.

Lula destacou a importância da construção para a retomada do crescimento econômico e geração de empregos. Ele afirmou que, assim como a primeira versão do Minha Casa Minha Vida e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a segunda não será um programa construído do gabinete da Presidência da República, mas em diálogo com o setor empresarial, além de governadores e prefeitos.

Lula destacou que a geração de emprego segue como obsessão. A primeira versão do Minha Casa Minha Vida respondeu pela geração de 1,7 milhão de postos de trabalho, entre 2009 e 2016, quando foram contratadas 4,2 milhões de unidades, beneficiando 10 milhões de pessoas. O ex-governador Geraldo Alckmin também destacou a importância da construção civil para a economia e disse que, num novo governo Lula, um programa turbinado vai estimular a geração de empregos.

O ex-ministro Aloizio Mercadante, coordenador do programa de governo da Coligação Brasil da Esperança também pontuou a importância do setor da construção para o dinamismo da economia e lembrou das ações que os governos petistas fizeram para estimulá-lo. O Minha Casa Minha Vida foi o ponto alto de um conjunto de medidas que mudaram para melhor a política de habitação no Brasil.

Ele citou o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social, em 2005, o Plano Nacional de Habitação, em 2008, mudança em alguns marcos regulatório do setor imobiliário, que estimularam investimento, regime especial de tributação e o conselho Curador do FGTS, dentre outras medidas.

“Saímos de um patamar de R$ 2,2 bilhões de investimento em construção civil, em 2003, para R$ 100 bilhões, em 2013 e 2014. Um salto extraordinário e o setor acompanhou esse salto”, disse, lembrando também que as empresas de construção imobiliária cresceram 48% o faturamento aumentou 54% e o emprego, 58%.

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