Bolsas: Queda mundial aponta possível agravamento da crise capitalista
Nesta segunda-feira (24) a Bolsa de Xangai caiu 8,46%, a maior queda desde 2007, influenciando as bolsas de todo o mundo. O índice FTSEurofirst 300 (principal índice europeu de ações) fechou com queda de 5,44% e perdeu cerca de 450 bilhões de euros (R$ 1,8 trilhão) em valor de mercado – pior performance desde novembro de 2008.
No Brasil, após chegar a cair 6,5% durante o dia, o Ibovespa (principal índice da Bolsa brasileira) reduziu as perdas e encerrou o dia com baixa de 3,03%, a 44.336,47 pontos. É a menor pontuação de fechamento desde 8 de abril de 2009. O dólar fechou em alta de 1,62%, a R$ 3,553 na venda, o maior valor de fechamento desde 5 de março de 2003.
A coleção de más notícias, no entanto, é maior. O movimento de queda do petróleo, que já dura algumas semanas, também se acelerou nesta segunda-feira, com os preços caindo mais de 5%. Em menos de um ano, preços do petróleo caíram mais de 60%, derrubando ações de todas as petroleiras globais. Outras commodities exportadas pelo Brasil, como o minério de ferro, também enfrentam mínimas históricas.
Quando o governo, especialmente a presidenta Dilma, situava a crise brasileira no quadro de uma crise global, quase todos os comentaristas econômicos da mídia empresarial diziam que o discurso era “mera desculpa”.
Com os acontecimentos desta segunda, diversos analistas já consideram que podemos estar assistindo a um recrudescimento da crise capitalista, talvez ainda mais grave ainda do que a de 2008.