Condenação à intervenção ilegal da Universidade Nacional Madres de Plaza de Mayo
O governo de Javier Milei ordenou a intervenção ilegal da Universidade Nacional Madres de Plaza de Mayo. Esta ação é um grave ataque à autonomia universitária e ao princípio fundamental da liberdade acadêmica, essenciais à construção de uma sociedade democrática e plural.
O ato não é apenas uma afronta à autonomia universitária, mas também um desrespeito às conquistas históricas e à luta pela justiça social e pelos direitos humanos da renomada Universidade Nacional Madres de Plaza de Mayo. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) condena veementemente a postura ilegítima e reacionária do presidente argentino.
A intervenção ordenada pelo governo atual, sob o pretexto de necessidades administrativas, ignora as normas legais que asseguram a autonomia das instituições de ensino superior na Argentina e permitem que elas continuem a sua missão educacional e de pesquisa.
Este ato além de representar uma violação direta da legislação vigente, também ameaça à integridade acadêmica da universidade e a liberdade de expressão de seus professores, alunos e pesquisadores.
Diante desse cenário preocupante, de incerteza e instabilidade, fazemos um chamado à comunidade acadêmica, à sociedade civil e às instituições internacionais para se posicionarem contra essa atitude incoerente e absurda. Conclamamos ainda que as autoridades competentes tomem as providências cabíveis.
Não podemos admitir que forças opressoras enfraqueçam a capacidade da universidade de desempenhar seu papel crítico na sociedade. Não podemos aceitar que os inimigos da educação silenciem e controlem o pensamento acadêmico.
A defesa da educação e da pesquisa livre de pressões é um dever de todos que acreditam nos preceitos democráticos e no progresso social. É imprescindível que todos se unam em defesa dessa instituição e dos valores que ela representa. É imperativo que haja uma mobilização ampla para garantir que a independência universitária seja respeitada e que a universidade possa continuar seu trabalho vital sem interferências externas.
Brasília, 26 de julho de 2024
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino