CPI do Golpe convoca Anderson Torres, Mauro Cid e mais 33 nomes
Relatora Eliziane Gama (PSD-MA) quer marcar depoimentos dos dois primeiros para a próxima semana. Augusto Heleno e Braga Netto também foram convocados
A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investiga os atos criminosos de 8 de janeiro aprovou, nesta terça-feira (13), uma série de requerimentos para que depoimentos sejam colhidos ao longo dos trabalhos investigativos.
Entre os já convocados, estão o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, e do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel do Exército, Mauro Cid.
O ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno, e o ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, Walter Braga Netto, que disputou o cargo de vice-presidente da República na chapa de Bolsonaro, em 2022, também foram convocados.
Os depoimentos deles ainda serão marcados pelo colegiado, mas a relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), quer articular para a próxima semana.
Torres foi alvo de 18 requerimentos de convocação, enquanto Cid teve o nome citado em 12 pedidos. Ao todo, a CPI do Golpe aprovou convocações para 35 depoimentos ao longo dos trabalhos.
COMPARTILHAMENTO DE IMAGENS
Os parlamentares também aprovaram pedidos de compartilhamento de imagens e registros do GSI, do Senado, da Câmara e do STF (Supremo Tribunal Federal) relativos aos atos de vandalismo.
Além de aprovarem pedido de informações expedidos pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) sobre a possibilidade de manifestações violentas no 8 de janeiro.
Apesar de terem mais de um pedido de convocação e convites protocolados, ficaram fora do primeiro bloco de convocações nomes como o do ministro da Justiça, Flávio Dino, e o do repórter fotográfico Adriano Machado, que aparece em imagens de câmera de segurança registrando depredação do Palácio do Planalto.
PRESIDENTE DA CPMI SE REÚNE COM MORAES
Os pedidos de quebra de sigilo de documentos, de contas bancárias e de ligações telefônicas dos investigados foram retirados da pauta desta terça-feira.
Ainda nesta terça-feira, o deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), presidente da CPMI, deve se encontrar com o ministro do STF, Alexandre de Moraes, para tratar do compartilhamento de documentos sigilosos relacionados aos atos extremistas.
A ideia é acordar a liberação de informações antes de votar pedidos, a fim de evitar conflitos com o Judiciário.
Está acertado que o colegiado vai se reunir todas as terças e quintas-feiras.