Em setembro, Contee lançou campanhas nacionais e manifesto por uma educação verdadeiramente democrática
“Não há como pensar num projeto democrático de educação sem ter a garantia de dois pontos primordiais: de um lado, o fortalecimento da educação pública, democrática e de qualidade e, de outro, a regulamentação da educação privada, com a exigência do cumprimento do papel do Estado no controle, regulação, credenciamento e avaliação da educação, com as devidas referências sociais.”
Esse foi o começo do manifesto enviado pela Contee para a Internacional da Educação na América Latina (Ieal) como contribuição da Confederação para o “II Encuentro: Hacia un Movimiento Pedagógico Latinoamericano”, que aconteceu em Recife entre os dias 19 e 21 de setembro, em Recife (PE). No documento, a Contee fez uma reflexão sobre essas duas vias, cuja integração é que pode assegurar de fato a construção da educação como direito e bem público, de responsabilidade do Estado. Para isso, a entidade elaborou uma análise de alguns aspectos da atual conjuntura educacional brasileira sob quatro óticas: o PNE e a defesa da escola pública; o SNE, o Insaes e a regulamentação da educação privada; a valorização profissional dos trabalhadores em educação do setor privado; e a concepção de escola e de educação.
Além de ter sido enviado, em espanhol, para a Ieal, o documento foi apresentado no encontro em Recife pelos diretores da Contee Adércia Bezerra Hostin (Secretaria de Assuntos Educacionais), Cássio Galvão Bessa (Secretaria-Geral), Nara Teixeira de Souza (Secretaria de Assuntos Institucionais) e Rita Fraga (Secretaria de Gênero e Etnia).
Tendo em vista esses pontos-chave – e num mês em que a compra da Uniseb pela Estácio e um estudo sobre o faturamento das instituições privadas demonstraram o acirramento do processo de financeirização (recorde o estudo aqui) – a Contee lançou sua Campanha Nacional de Valorização Profissional dos(as) Trabalhadores(as) em Educação (lembre aqui o lançamento), em suas duas frentes de atuação: o combate à terceirização – inclusive com envio de carta ao presidente da Câmara contra o Projeto de Lei 4.330/ 04 – e a convocação da greve nacional do dia 20 de outubro
Paralelamente, a Confederação também lançou uma campanha nacional de sindicalização, com o lema “A valorização de quem trabalha com educação começa por você”.
Da redação