Maior parte dos deputados diz ser contra a reforma da Previdência, mas pressão precisa continuar!
A pressão popular contra a reforma da Previdência sobre os deputados tem surtido efeito. O jornal Estado de São Paulo divulgou um infográfico que mostras as intenções de voto dos 513 parlamentares da Câmara. Apenas 96 se disseram a favor e, mesmo assim, com ressalvas. Enquanto isso, 260 se manifestaram contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16.
Os deputados foram questionados se votariam a favor da proposta da forma como foi enviada pelo governo ou se a rejeitavam. Também foi dada a opção de fazerem quatro ressalvas ao texto proposto pelo presidente Michel Temer: em relação à idade mínima de 65 anos para a aposentadoria de mulheres e homens, à regra de transição e à exigência de 49 anos de contribuição para ter direito ao benefício integral.
De acordo com o Estadão, esses pontos foram priorizados porque são considerados os mais importantes pela equipe econômica para não desconfigurar o texto enviado. “Muitos deputados, porém, se declararam a favor de outras mudanças. Eles querem abrandar as exigências para a concessão da aposentadoria rural e do benefício assistencial pago a idosos e deficientes da baixa renda. Também não concordam com a proibição de se acumular aposentadoria e pensão, desde que respeitado o teto do INSS. O governo já sinalizou que está aberto a negociar esses pontos”, diz o jornal.
No entanto, é preciso continuar alerta, ainda mais se tratando de órgão de imprensa com o posicionamento político do Estadão. É fundamental deixar claro que eventuais emendas, mesmo nesses pontos considerados centrais, não amenizam os prejuízos dessa reforma que, na prática, ataca o direito à aposentadoria de todos os trabalhadores e trabalhadoras e promove um verdadeiro desmanche na Previdência e em toda a Seguridade Social.
Pelo infográfico, que pode ser acessado aqui é possível saber e pesquisar o posicionamento de cada um. Diante dessa ferramenta, a Contee conclama as entidades filiadas e toda a categoria a continuar a enviar mensagens aos parlamentares de seus estados e municípios, com o objetivo, sobretudo, de mudar o voto dos favoráveis, a fim de que passem para o lado do povo brasileiro e da classe trabalhadora, ajudar a convencer os indecisos a votar contra a PEC e ressaltar que não aceitaremos nenhuma emenda que tente escamotear o retrocesso.
Vamos derrotar a reforma da Previdência! Mobilização já! Rumo à greve geral!
Da redação, com informações do Estadão